Pesquisar este blog

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Seja você

      Na segunda, dia 12, completei 38 anos. E pela primeira vez eu pude sentir quem eu realmente era.
Olha que loucura! Estou com quase 40 anos e foi só agora que descobri que para ser feliz eu tenho de ser eu. Como pude acreditar que, eu Janine, agradaria o mundo. É clichê, mas tenho de usar o exemplo de Jesus. Se nem Ele agradou todo mundo, porque eu Janine agradaria?
         Tentei ser uma pessoa que simplesmente nunca existiu. Até parar de gostar de futebol eu tentei. Mas, por que eu fiz isso? Para agradar a quem? Por que as pessoas não podem gostar de mim da forma como sou? 
        Não sou santa. Tenho inúmeros defeitos! Mas, porque só eu tenho de me esforçar em agradar o próximo? As pessoas ao meu redor, muitas delas, tinham uma aproximação tóxica. Para ficar claro, vou usar o exemplo do meu gosto pela leitura. Para uma maioria ler é algo saudável e uma qualidade incrível, pois infelizmente no Brasil pouco se lê. Mas, fui chamada de "esnobe", a "boazuda", por em uma roda de pessoas ser alguém com conteúdo. Onde já se viu isso? Pode ter certeza, meu gosto pela leitura é de longe meu menor defeito. Defeitos? Vixe! Tenho um monte, mas quem gosta de mim de verdade acaba nem reparando. 
         Acho que o certo não sou eu parar de ler, mas trocar de ambientes. Acha que sou metida por ter os livros como amigos? Pode continuar achando! Não estou nem ai. Já fiquei muito preocupada com as coisas que falavam de mim, hoje em dia não ligo mais.
        Sabe, descobri que sou amada. Que tenho amigos verdadeiros, que há pessoas que realmente se importam comigo, que querem o meu bem... Isso que importa. Sou grata a Deus por ter conseguido perceber isso. Não temos que ter vergonha de assumir quem somos. Sou um poço de coisas multiplas? Sou! E ai que está a graça e o meu verdadeiro charme. Gosto de futebol, mas amo uma comédia romântica. Gosto do Jorge Amado? Sim! Mas, sou louca no Nicholas Sparks! Gosto de ficar sozinha? Sim! Porém, gosto de sair para conversar. Assim, somos todos nós! As diferenças que nos faz se encaixar, como em um grande quebra-cabeça. Bom, não sei como terminar bem este texto... Foi um pequeno desabafo de quem cansou de ser um personagem em troca de atenção e amizades. 

         

terça-feira, 9 de março de 2021

Somos fodásticas!

 

            Ontem foi dia Internacional da Mulher e pela primeira vez senti orgulho de ser do sexo feminino. Isso tudo porque estou na fase do autoconhecimento e do amor próprio.

            Não que eu não me visse como mulher, mas não conseguia admirar a mulher Janine. Tinha uma visão tão simplista de mim. Via as mulheres a minha volta e falava: “Eita mulher maravilhosa!”, mas não via nada de esplêndido no meu eu.

            Comecei a fazer terapia ano passado. Caramba! Como eu me odiava!

            Sempre dizendo “Sim” para tudo e para todos; achando que eu deveria ficar sem fazer o que gosto para limpar, lavar e passar roupas; que a vida tinha se resumido a trabalhar e que querer ter um dia de descanso para ler um bom livro ou ver um filme de comédia romântica era crime...

            Não, ainda não me amo como deveria! Estou no caminho. Ainda faço coisas com minha alma que não faria nem com o pior dos inimigos, mas ontem senti orgulho de ser mulher. Somos guerreiras demais!

            Nós não nos acomodamos. Sempre damos um jeito pra tudo. A gente trabalha fora, cuida de casa, dos filhos e ainda arrumamos tempo para ficar maravilhosa; Temos TPM, mas mesmo assim vamos para a luta! Não nos esmorecemos com qualquer resfriado! E quando ficamos doente, até acham que é frescura, pois é difícil acreditar que o mais forte dos guerreiros também tem seus dias difíceis!

            Ah! E tem a mulheres, que como eu, amam futebol, mas que em pleno ano de 2021 ainda sofre preconceito. Ainda vou ver a mulherada falando de futebol como se fosse algo normal. Sem receber olhares de reprovação. Sabe aquele churrasco de domingo? Em que as mulheres lavam a louça e homens ficam em frente da TV? Então, se eu for responsável pela louça, primeiro assisto ao jogo e depois ligo meu celular nos pós-jogo para ouvir a coletiva dos técnicos e dos jogadores enquanto lavo os pratos. Ai fica todo mundo feliz!

            Mulheres, vocês são demais! Todo o dia é nosso!