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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

As dores do futebol...

     Desde que me entendo por gente, eu gosto de futebol! Com o tempo, por ser torcedora fanática do Tricolor passei por grandes momentos de "dor".
     Aquela final da Libertadores de 1994... Quantas lágrimas não derramei. Eu, criança achava que a derrota do São Paulo era a única dor que o futebol poderia me dá.
     O tempo foi passando, novas derrotas foram acontecendo e a tristeza foi dando lugar a consciência que não dá para ganhar toda vez. O choro às vezes ainda vem, mas não tão doído como de autrora. Que " dor " foi aquela? Perder a Copa do Brasil nos minutos finais para o Cruzeiro? E os dois pênaltis que o Raí perdeu na semifinal do Brasileirao?
     Ano passado no jogo de despedida do Rogério chorei muito... Estava triste em ver que um ciclo se encerrava. Passou um filme na minha cabeça, pois torcer pelo São Paulo é parte da minha personalidade. Como seria uma Janine que não ama futebol?
     Na quarta-feira passada estava em casa com o controle remoto na mão... Indecisa sobre qual jogo assistir: se o primeiro jogo da final da Copa do Brasil ou a Semifinal da Sul-Americana. Quando vi que o Grêmio estava massacrando o Atlético-MG, mudei para o jogo entre Chapecoense e San Lorenzo. Apesar, do time argentino ter o meu respeito por causa de seu torcedor ilustre, o Papa Francisco, torci muito pela Chapecoense. Que defesa do Danilo! Quando o juiz apitou o final da partida.. Que coisa linda de se vê! O futebol sendo futebol: pura emoção!
     Meu marido, apesar de gostar de futebol não estava vendo o jogo. Quando fui para o quarto disse para ele: "Neco, o goleiro da Chapecoense pegou uma bola! Que defesa!"... Acessei o Twitter e dei os parabéns a Chape. E estava ansiosa em ver o jogo que aconteceria esta noite... Amo jogos assim! Que entram para a história!
     Quase uma semana depois acordo com a notícia da tragédia com o time catarinense... Senti um soco no estômago, como se eu tivesse perdido amigos.
     No jornalismo esportivo se usa muito a palavra tragédia para noticiar uma derrota não esperada... Ontem a tragédia ganhou seu verdadeiro significado! E o futebol que traz tanta alegria se viu triste. A dor derrota é tão pequena perto da derrota da vida...
    
    
   

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

PQP... Espero que seja o melhor treinador do Brasil!

      Ah! Como é bom escrever! Sinto o mundo mais bonito, tudo se acalma... Principalmente este coração dilacerado pelas dores do dia-a-dia.
     Como todo mundo sabe,  Rogério Ceni estreou como técnico. Confesso que não queria que ele assumisse tamanha responsabilidade assim de cara, mas depois, com calma percebi que pior que estava o Tricolor não ficaria.
       Ontem o São Paulo perdeu para o Audax pelo placar de 4 X 2, mas isso não significa que Rogéro Ceni é um péssimo técnico. A Torcida tem de ter paciência e não deixar ser levada pelo que parte da imprensa diz. Lembre-se de 2002, 2003  (lembra das pipocas?), 2004... Quantos não disseram que enquanto o Tricolor não trocasse de goleiro não ganharia nada? E quem era o goleiro mesmo?
      Claro, que pedir paciência para os tricolores é difícil, mas… Os tempos são outros. Agora é tempo de reconstrução! Calma! Muita calma!
     Quem sabe um dia torcida não grite: "PQP é o melhor treinador do Brasil!"

sábado, 5 de novembro de 2016

Como eu te amo Tricolor!

      Como ando longe de você Tricolor! Sabe, minha vida não está fácil! Infelizmente meus problemas só aumentaram com o passar dos anos. Lembra quando eu era criança? Só tinha dois problemas: o cabelo ruim e gostar de quem não gostava de mim! Dentro de campo você dava show! Nem parece o mesmo time!
     O tempo foi passando e meu amor por Ti foi aumentando. A primeira vez em seu Centro de Treinamento, a primeira vez no Morumbi... Como não lembrar a alegria de comprar uma camisa sua com suor do meu trabalho?
     Diziam que você era minha fulga... Que erro acreditar nestas pessoas. Enquanto só tinha "olhos pra você" tudo era mais fácil!
     Peço desculpas por ter te abandonado neste momento difícil, mas minha vida é real e tenho problemas maiores que ver você rebaixado!
     Hoje tem clássico contra o Corinthians! Se fosse alguns anos atrás estaria animada, me preparando para vê-lo de dentro do estádio....
    A vida me deixou "bunda-mole". Este ano não te verei mais ao vivo, apenas na TV...Assim, como era antes, na pobre infância!
     Sei que  esta fase vai passar e em vez de encher minha agenda de lamúrias, vou voltar a escrever sobre você! Os gols, as escalações... Obrigada por fazer parte da minha vida! Por você descobri que gostava de escrever! Nosso livro um dia vai sair! Estou colocando a casa em ordem! Volte a ser grande! Volte a ser soberano! Que eu em breve voltarei a ser Janine! A Janine apaixonada por Ti, louca e varrida de amor!
    

sábado, 15 de outubro de 2016

Como é bom escrever

     Escrever acalma a minha alma! Por estes dias tenho colocado pra fora toda minha angústia através da escrita. Como sou muito fechada, acabo que desabafando pelas palavras no papel.
     Na era digital, sou à moda antiga: gosto de uma folha em branco e uma caneta esferográfica. Quando erro risco, rabisco e depois leio, e assim desabafo mais uma vez!
     As coisas que tenho escrito são muito íntimas e talvez daqui alguns anos eu tenha coragem de publicar. São verdades de uma alma sofrida, aflita, perdida em meio aos problemas da vida. Tenho dificuldade em aceitar o destino, as coisas de Deus, o meu trilho...
     Cheguei a idade, na metade do caminho e vi que ainda não tenho quase nada. Que planos tiveram que ser mortos e enterrados, mas sou humana, não consigo entender... Na verdade tenho preguiça de ser adulta.
      Muitos tem perguntado o que eu tenho, mas não sei responder... São tantas coisas... São aflições na alma...
     Sei que um dia tudo isso vai passar... Isso que me consola! Vou olhar para trás e vou rir ou chorar de tudo.

Quando não se tem o que falar!

     Eu não sei vocês, mas eu não consigo ver alguém sofrendo e não sentir nada!
   Há situações que te deixam sem reação. Eu tenho um medo absurdo de falar besteira e não dar um bom conselho ou uma ajuda. Na verdade sou uma péssima conselheira. Talvez pelo fato de não consegui me abrir.
     Trabalho em banco. E hoje uma jovem que gosto muito veio me falar das dificuldades do trabalho. Seus olhos se encheram de lágrimas. Lembrei de todos os perrengues que já passei, do choro incontrolável, da angústia, e dos complexos de " vira-lata" que já tive. Só consegui dizer: "Descanse e espere em Deus".
      Tenho falhado como amiga. No momento estou com muitos problemas e não consigo partilhar com ninguém o que eu tenho vivido. Talvez seja o medo de sairem contando aos quatros cantos meus segredos ou acharem que meus problemas são muitos pequenos e que há coisas mais importantes neste imenso mundo para se preocuparem.
     Já até tentei me abrir, mas já ouvi que era coisa pouca, que tem pessoas com doenças ou desempregadas... E que eu reclamava demais! Então decidi me fechar ainda mais!
      Estou ausente das minhas amizades! Não tenho o que conversar com elas. E olha que sou tagarela... Estou chata, sem rumo... E meus amigos tem problemas bem maiores que os meus!
     Quando minha mãe quebrou o Fêmur, eu percebi quem eram as pessoas que eu posso contar, que não sumiram, mas mesmo com tais pessoas não consigo conversar.
      Graças a Deus nasci Católica e na confissão tenho a oportunidade de 'rasgar o verbo' e ter a certeza de que o padre não vai contar para ninguém!

domingo, 25 de setembro de 2016

Sem polêmicas, não há futebol!

     O mais legal do futebol são as polêmicas. E no Brasil o que mais se tem é polêmica. Muitas vezes pelo erro do trio de arbitragem.
     Hoje há inúmeros recursos tecnológicos para esclarecer todas as dúvidas, mas mesmo assim os comentaristas insistem em dizer que o pênalti não foi pênalti, que o impedimento claro, não foi impedimento... Acho engraçado! E o pior é que a gente fica assistindo todos os programas esportivos, vendo o lance 200 vezes...
     Agora que foi estranho ver o Fluminense reclamando do Corinthians na quarta-feira isso foi. O Fluminense é o time que saiu da série C e foi para série A... E sem  falar em outras coisas que não dá para escrever, pois não tenho como provar e não quero ser processada!
     Domingo Corinthians e Fluminense se enfrentaram pelo Brasileirão. Não pensem que as polêmicas cessaram.  Após a vitória do time carioca por 1 X 0 sobre o time paulista, com um gol que gerou dúvidas, os clubes trocaram farpas pela Internet. Agora, já pensou se os outros clubes forem reclamar do Flu e do Timão?
Deixa pra lá!

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A mídia social que separa

    Sou fã das mídias sociais, mas acredito que chegamos em um ponto de que as redes estão separando mais do que ajuntando pessoas.
     Já pensei inúmeras vezes abandonar o Facebook. O Facebook tem dias que me deixa péssima. É difícil ver algumas coisas e achar normal.
    Sem falar nas pessoas que tem síndrome de perseguição. Por exemplo, uso óculos desde os 11 anos de idade, mas se mudo a armação e coloco no Face, vão dizer que eu sou modinha, que só coloquei porque todo mundo está usando óculos e mimimimimi.
     No Facebook há uma ânsia por curtidas e as "novinhas" colocam fotos quase nuas para ganhar likes. O pior não é a novinha, duro é ver o marido curtido a foto da Periguete e ter de achar normal.
     No Facebook todo mundo é feliz. Não há espaço para tristeza, mas quando alguém começa a reclamar da vida... Dá-lhe textão!
     E as indiretas? No Facebook todo mundo fala o que pensa, e solta a verdade mesmo que indiretamente para os "inimigos" que estão na lista de "amigos", mas na verdade fuçam o seu perfil para ver como você está.
     De todas as mídias sociais a que eu mais odeio é o "Whats". Todo mundo é viciado nesta 'bixiga'. O povo acorda e já acessa o app verdinho no celular. Por lá também são compartilhados vídeos pornográficos, nudes e todas as sujeiras imagináveis.
     Dias desses estava no ônibus, e um rapaz abriu seu Whats e ... A foto de uma mulher nua apareceu. Sério! Como Cristã me preocupo com estas porcarias. Há muitos casamentos que não estão resistindo ao Whats. Há homens que chegam em casa e nem olham para suas esposas ou filhos. Conectam o celular no carregador e esquecem da vida.
     E o Pokémon Go? Não o baixei em meu celular, não critiquei quem assim o fez, mas... Ainda bem que foi só uma modinha. Já passou!
     Temos de saber usar as mídias sociais. Elas tem de nos aproximar e não nos afastar. Temos de ver as coisas boas que ela nos oferece e não nos deixar levar pelo vício. Conversar pessoalmente tem de ser muito mais prazeroso que os áudios longos de um APP.
     Quanto tempo faz que você não faz uma refeição sem o celular por perto?

domingo, 18 de setembro de 2016

21/09/2016

     Quando se é jovem há sonhos, planos... Depois dos 30 temos a realidade.
     Confesso que deixei meus sonhos de lado. Meus propósitos pareciam loucos demais e sem querer deixei-me levar por pessoas que não queriam meu bem, mas queria que eu me tornasse alguém que não existe.
       Ouvi inúmeras vezes: "O futebol é sua fuga". Eu amo futebol e confesso que de um tempo pra cá eu deixei o futebol de lado e me tornei uma pessoa ainda mais difícil de se lidar.
     Por gostar muito de ler, sou capaz de desenvolver uma conversa sobre os mais variados assuntos. Mas, com medo de falar, de parecer fanática ou por um 'machismo' da minha parte, eu comecei a me esconder, e com isso deixei de escrever aqui neste blog, pois estava preocupada com que pensariam de mim. Deixei até de falar em churrasco...
     Eu amo ler, mas se pedirem para que eu escreva um texto sobre livros... Vou escrever , mas vou demorar um pouquinho para fazer, mas se me pedem para escrever ou falar de futebol! Aperto o 'play: do lado esquerdo do cérebro e vou que vou. Estava olhando alguns textos antigos escritos por mim e senti um orgulho. Eu era muito boa!
     Quero voltar a dar minha opinião sobre o que acontece no futebol. Não quero, por exemplo, só ouvir o Estádio 97 e não explanar sobre o conteúdo do programa; não quero ver o jogo do São Paulo e não dizer o que achei. Preciso escrever! Eu já disse uma vez: a escrita tem um poder de libertação sobre mim.
     Não posso deixar de fazer o que gosto com medo do que vão pensar de mim. Aliás, em nada posso me preocupar com isso. Ninguém se ofereceu para pagar minhas contas.
    
    

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Por elas eu torço!

    Não é segredo que não consigo torcer pela seleção masculina de futebol. Em textos anteriores já mostrei que não gosto e não torço pela Confederação Brasileira de Futebol. Desde da final da Copa do Mundo de 1998 tenho asco da Seleção Canarinho.
     Em 2002, quando o Brasil foi campeão, via as pessoas emocionadas e não conseguia viver aquilo.
     O tempo foi passando e a minha indiferença foi crescendo. Acredito que neste caso não somente eu, mas a maioria da população brasileira. Há ausência de craques e os bons jogadores não tem identificação alguma com a torcida. Acho que alguns são mascarados ao extremo. A
     A Seleção  Feminina é o oposto dos homens. Elas não estão na mídia e só de olhar se vê garra e humildade. Marta, cinco vezes a melhor do mundo, poderia se afetada, mas sua humildade e história de vida me encantam. Claro, que os jogadores têm histórias tristes, mas em campo e fora dele parecem que esqueceram toda sua essência.
     As meninas me fascinam ainda mais pelo fato de eu ser mulher é ter jogado futebol. Sofri tanto preconceito! E sei que com elas não foi diferente. Quantas piadinhas, quantos desaforos elas tiveram de aguentar. Sem falar a pior de todas a frases feitas: "Futebol não é coisa de mulher!". Ainda estou a procurar onde está escrito que mulher não pode gostar, jogar e falar de futebol. Quem sabe no dia em que eu achar eu fique até mais conformada. Escrevi em outro texto que há homens que dizem que sou fanática por falar de futebol, mas que entendo menos que ele, mas como sou mulher...
     Quando assisto futebol feminino, eu sinto uma " invejinha" das meninas. Fico extremamente emocionada. Queria também jogar, mas infelizmente nunca mais poderei. Posso apenas recordar um dos momentos mais felizes da minha vida que era jogar futebol. Tenho um problema no joelho e me aposentei aos 17 anos (risos).
      Hoje o que eu posso fazer é torcer muito pelas meninas para que elas tenham apoio e que um dia a CBF crie um campeonato organizado e forte.
     Fico pensando em tantos  talentos desperdiçados perdidos por aí. Quantas meninas deixaram o sonho de ser jogadoras por não ter aonde jogar...
     Infelizmente, na tarde de hoje, as guerreiras brasileiras foram eliminadas da disputa do ouro olímpico pela seleção da Suécia. A derrota nos pênaltis não tirou o brilho delas. Parabéns meninas! Vocês não tem um terço da mídia e do dinheiro dos homens. O choro foi doído e doeu em que gosta de futebol. Pena que lembrarão apenas do futebol feminino daqui quatro anos!
   

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Como controlar as frustrações?

      A cada dia que passa entendo mais o trecho bíblico em que Jesus diz que só entrará no céu quem for como uma criança.
    Quando tenho um dia difícil no trabalho, me questiono tudo. E nas horas em que faço uma lista mental das minhas necessidades e das realidades, lembro dos sonhos de criança, dos devaneios da infância.
     Na minha primeira infância tinha o sonho de ser Médica Veterinária. Nesta época não sabia distinguir que morava no Varginha e que a falta de um monte de coisa era algo normal. Eu achava que crescer, estudar, trabalhar e ser feliz era algo natural. O sonho de ser Veterinária acabou quando minha irmã me disse que eu teria de abrir sapo na Faculdade. Fiquei com nojo e não quis ser Veterinária (risos).
    O tempo passou e aos cinco, seis anos eu lia tudo o que caia nas minhas mãos. E minha paixão pela leitura começou e daí vieram as redações malucas e a facilidade para aprender Português e uma dificuldade enorme para Matemática.
     Aos 11 anos ganhei um diário... Aí pronto. A loucura foi total. Já são-paulina escrevi sobre a derrota do Tricolor na final da Libertadores de 1994. O meu amor pelo futebol foi crescendo. Aos 14 jogava futebol e digo que esta foi a melhor época da minha vida. Como era bom sair por aí de calção, meião abaixado e chuteira. Eu entrava no ônibus do Varginha e nem ligava para o que diziam de mim. Eu era feliz!
     Meu fanatismo me deixou chata e por isso comecei a escrever sobre futebol ao invés de falar. Ouvia rádio o dia inteiro( naquela época não tinha Internet). Após os jogos do São Paulo ficava ouvindo os bastidores. E um dia, em 1997, procurando notícias do Tricolor ouvi a voz do Denílson. Parei de girar o botão do meu "Walkman" e quem o entrevistava era o Milton Neves. E ali decidi que queria ser Jornalista Esportiva. Aí f... Tudo! Eu criei na cabeça uma vida perfeita e repleta de realizações. Eu treinava a entrada dos times mentalmente e olhando para o espelho, imaginava o José Silvério me chamando, o hino do clube ao fundo e eu falando: " E o time tal vem com...".
     O tempo foi passando e entrei na Faculdade. Ali comecei ver a realidade, mas não havia outro curso que eu quisesse fazer. Eu tinha um prazer em ir à Faculdade... Sinto saudade!
     Olho para os textos que escrevi e me pergunto onde eu errei. A esta vida, não posso reclamar de nada. Tenho um emprego bom, que me permite viver bem, mas às vezes ainda me pego sonhando. Claro que agora acordo.
     Nos dias difíceis sempre me pergunto como mudei tanto o rumo da vida, porém tento me apegar a Deus e acreditar que tudo é permissão dele.
     Queria apenas mais tempo para escrever. São tantos afazeres, tantos impedimentos, mas quando consigo, as palavras fluem. Hoje não escrevo bem como há dez anos, mas hoje vejo que escrever é uma maneira de aliviar um pouco minha tensão e controlar a frustração de não trabalhar na minha área.
    Tento não pensar muito... Às vezes é difícil. Quando não se trabalha no que gosta, o trabalho torna-se ainda mais árduo. Rezo para ter forças e fazer o meu melhor.
     Não projeto o futuro. Tenho vivido  um dia de cada vez. Não consigo dizer o que estarei fazendo daqui cinco anos...  
     Muitas pessoas perguntam: "Por que você não trabalha na área?". Ou " Por que você não manda currículo para tal empresa? ". Já ouvi coisas como: " Você não tem fé? Pede pra Deus! ".
     Quando estou de bom humor conto toda a minha história. Digo todas as empresas que procurei emprego; mostro até meu portfólio... Agora quando estou sem paciência... Sou grossa!
     Por estes dias estou me sentindo um lixo profissional. Tem dias que acho que não presto para nada. Tento lembrar tudo que já fiz e tento ver que estou bem apesar de tudo.
     Espero ter forças no braço para poder digitar meus pensamentos quando eu me aposentar....
    
    

domingo, 10 de julho de 2016

Era para ser apenas um jogo de futebol...

     Quarta-feira acordei às 05h30 da manhã. Tomei banho, engoli alguma coisa como café da manhã e fui trabalhar. No pensamento havia uma doce ansiedade para ver meu amor entrar  em campo. Sei que não deveria gostar tanto do São Paulo como eu gosto, mas não tem jeito. Considero o Tricolor "a coisa mais importante dentre as menos importantes da minha vida." (frase do Milton Neves).
     Trabalhei o dia inteiro pensando no jogo e em toda a emoção que eu viveria. Mesmo quando o São Paulo perde, o fato de ir ao estádio já é um motivo para uma boa história pra contar.
     Já passava das 18h quando consegui sair do trabalho, pois este dia eu havia começado a trabalhar às 08h da manhã. Depois de dez horas trabalhadas, passei no Shopping para forrar o estômago e não encontrei dificuldades para chegar ao Morumbi. A história do jogo, a expulsão do Maicon e os dois gols do Nacional ficaram em segundo plano por conta da imbecilidade de alguns que se acham torcedores do São Paulo.
     Quando pequena queria ser da Torcida Independente. Eu escrevia no caderno da escola, na agenda e em qualquer lugar o dizeres: "INDEPENDENTE". Em 1994 quando o Tricolor perdeu a Libertadores, ao ver aquela torcida com gorros brancos cabisbaixos, eu chorei! Apesar da Torcida Independente dizer que não são culpados, os " torcedores " estavam com a roupa deles. É não foi ninguém que me contou. Eu vi!
     E quarta-feira pessoas com as vestes da Independente me fizeram chorar, mas desta vez não foi de emoção, mas de raiva e de medo.
     Assisti ao jogo na arquibancada amarela. Quem conhece o Morumbi sabe que para chegar lá tem de se andar um bocado. Como já disse não tive problema algum em chegar até dentro do estádio, mas na hora de sair...
     O jogo acabou e a raiva do São Paulo não ter vencido se misturou com o meu cansaço. Fiquei com um humor péssimo. Como sempre faço, estava com o celular ligado na Rádio Bandeirantes. Aguardava o que o Maicon e Bauza iriam dizer, mas aí o repórter informou que havia um confronto entre a Polícia e a torcida organizada do São Paulo. Disse ao meu marido para esperarmos dentro do Estádio até tudo se acalmar, mas homem é cabeçudo e nunca vai dar o braço a torcer para a opinião de uma mulher...
     Mesmo ouvindo barulho de bombas de efeito moral, caminhamos devagarinho junto com a multidão de torcedores, na esperança de quando chegássemos a Praça Roberto Gomes de Pedrosa tudo já tivesse se acalmado. Infelizmente, não foi assim! O que eu vi foi os policiais do choque com escudos tentando se proteger de uma chuva de garrafas de vidro, paus e pedras. Passei correndo com os braços erguidos e quando estava próximo a bilheteria senti um alívio que durou até eu chegar em frente ao Hospital Israelita Albert Einstein. Ali me senti em uma prisão quando acontece rebelião.
     Havia um grupo de torcedores que fazia um cordão humano. Armados com pedaços de pau, eles não deixavam os torcedores comuns subirem para a AV Morumbi e como bandidos chamavam a policia para o "pau". Todos os os torcedores ficaram abismados com o que viam! Ninguém acreditava!
     Bem em frente ao Einstein há uma rua, tentamos passar por lá, porém o clima lá estava ainda mais tenso. Um monte de carros depedrados e torcedores revoltados. Um torcedor comum tentou entrar em seu carro para ir embora e tomou uma paulada nas costas. Isso já era 0h30...
    Fiquei desesperada pela terceira vez! Por fim a polícia conseguiu dispersar os " torcedores ". Eu e meu marido saímos correndo e graças a Deus não nos aconteceu nada.
     Enquanto esperava o "Uber" chegar, chorei mais uma vez. Nunca pensei que teria medo de pessoas vestidas com as cores do meu time. Isso porque já fui ao estádio em clássicos contra Corinthians, Palmeiras e Santos. Aliás, tem 16 anos que vou ao estádio e nunca havia ficado em meio "ao fogo cruzado".
     É porque eu amo demais o São Paulo, senão nunca mais colocaria os pés no Morumbi. Meus pais e outras pessoas me aconselharam a não ir mais ao estádio, mas fui enfática ao dizer que bandidos não podem me impedir de acompanhar o meu Tricolor. Eu que realmente amo este clube, que trabalho para pagar meu sócio-torcedor e comprar meu ingresso não posso ser refém de alguns que ao invés de saírem de casa com o pensamento de torcer pelo São Paulo já saem querendo bater, brigar e ser um grande e perfeito idiota!
     Enquanto eu escrevia este texto o São Paulo Futebol Clube emitiu uma nota para informar o rompimento com as Organizadas. Assim,  os benefícios de ingresso de graça chegaram ao fim. Quem sabe assim o verdadeiro torcedor não volte? As crianças, mulheres e idosos poderão ir tranquilamente ver os jogos do Tricolor.
      Penso que as Organizadas, se realmente querem apenas torcer, devem fazer uma limpa em seus sócios! O cadastro tem de ser rigoroso! Sem isso, não há nem como começar a conversar sobre retorno, entrada de bandeirões, bateria...
     Domingo, na partida entre São Paulo X América-MG, houve um público de pouco mais de oito mil pessoas no Morumbi. Os incentivadores a violência disseram que se antes o Tricolor não enchia estádio, sem as Organizadas vai ser pior ainda. De verdade, eu prefiro um estádio com apenas oito mil torcedores a milhares de bandidos.
     Paz nos estádios é o que eu quero!
    

domingo, 22 de maio de 2016

Odeio machismo!

    Desde que me dou por gente convivo com o machismo, pois desde que me dou por gente que gosto de futebol.
    Quando era adolescente sofri por duvidarem da minha sexualidade. As piadinhas eram constantes; mulher que gosta de futebol é sapatão!
     Não culpo meus colegas de escola, pois a sociedade que os criou assim. Para a maioria é um absurdo uma mulher não ter vaidade, não gostar de Back Street boy's, não ficar falando de futilidades como unha, cabelo e a vontade louca de comprar uma bolsa nova.
     O tempo foi passando e nas rodas  sobre futebol, meu conhecimento  sempre foi colocado como fanatismo. Sei menos de futebol que a maioria dos homens, mas mulher que gosta de futebol "é fanática".
     Esta semana tive mais um exemplo de machismo. Participo de um grupo apenas de são-paulinos no Whats e não foi que acharam que eu era um homem? Publicaram uma foto de conteúdo pornográfico e um dos meninos disse para ter cuidado com o que se publicava, pois havia uma mulher no grupo. As piadinhas começaram e tive de provar que era mulher e não um homossexual... Quanta besteira!
     Em casa tenho um pai extremamente machista. Como exemplo, posso  dizer que minha irmã ao apresentar meu cunhado, meu pai quase infartou, deu chilique, pois ele tem dois filhos de um relacionamento anterior. Já meu irmão quando engravidou minha cunhada e a conhecemos apenas um mês antes de se casarem... Meu pai não deu um único sermão.
    Depois que casei o machismo é muito mais aparente na minha vida. A mulher não pode ser criada com a finalidade de ser uma serviçal do seu marido, mas a sociedade criam homens folgados e hoje entendo porque muitos casamentos acabam.
    O mundo mudou e as mulheres trabalham fora. São poucas que são apenas " dona de casa ". É necessário a mudança da mentalidade dos homens. Nós mulheres precisamos de um companheiro e não de um "chefe".
     Os homens quando casam continuam a levar a mesma vida de solteiro: futebol com os amigos, roupinha lavada e passada e comida no prato. Já a mulher...
     Desejo uma sociedade igualitária para todos. É inadmissível estarmos em pleno século XXI e ainda ter entre nós tantos preconceitos. Preconceito contra mulher, contra o negro, o pobre, o homossexual..
   No meu caso gostaria apenas de ter o direito de falar de futebol sem ser chamada de doente, fanática, sapatão... Não está escrito em lugar nenhum que o futebol é dos homens e que mulheres não podem gostar!
      Vou continuar falando de futebol e se isso incomodar, (vou usar um clichê)"os incomodados que se mudem".
    
    
    

domingo, 8 de maio de 2016

Só queria uma aula vaga

    Em tempos de bloqueio criativo e da falta de ânimo e tempo para escrever, lembrei de minha época de escola.
     Estudante de escola pública, me acostumei a aulas vagas e era neste momento em que eu escrevia. Havia também as aulas silenciosas, em que o professor passava lições e eu ao invés de fazé-las eu escrevia.
     No colegial o sonho de ser jornalista era muito forte. Eu fingia que uma coluna em algum jornal. Eu escrevia todo o dia. E não era apenas sobre o São Paulo, mas sobre todos os times. Escrevia até sobre a Seleção Brasileira.
     Na final do Campeonato "João Havelange" do ano 2000, eu anotei tudo o que aconteceu no jogo. E neste jogo teve a queda do alambrado. Lembram?
     Estes dias o Paulo Vinicius Coelho foi ao programa "Estádio 97" e lembrei de quando lia sua coluna na Revista Placar. Depois até comprei o livro dele: 'Jornalismo Esportivo'.
     Gostaria de ter "uma aula vaga" para escrever tudo o que eu queria. São tantas coisas.
     Ver o São Paulo na Libertadores mexe demais comigo. Fico saudosista. Lembro de coisas que nem era para eu lembrar.
     O tempo passou e tenho de aceitar que daqui até o fim da vida terei ainda menos tempo para fazer o que gosto. O pão de cada dia vem de um emprego bem distante de todos os sonhos sonhados nas carteiras das aulas do colegial. Agradeço muito a Deus está empregada, pois estou no Brasil e aqui o negócio está bem feio, então nem posso reclamar.
     Espero que meu bloqueio criativo suma da minha mente. O ato de escrever acalma minh'alma. Sinto leve como uma pluma.
     Digitar no celular é um saco, mas se não for assim... Que horas vou conseguir?

    

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Parabéns São Paulo!

 
     Tem paulistano que sonha em viver no interior ou em outra cidade para fugir do caos de São Paulo, já eu sonho em ter condições dignas de viver bem aqui. Gostaria de ver uma Cidade com igualdade de tudo para todos. Sonho com uma São Paulo sem violência, com hospitais sem pessoas esticadas em  macas nos corredores; queria uma São Paulo em que o transporte  funcionasse  com um metrô que chegasse a qualquer lugar.
     Sonho com uma São Paulo sem preconceito. Onde todos tem o direito de serem gordos, negros, pobres e ao entrarem em um estabelecimento sejam tratados com respeito; Imagino uma São Paulo com pessoas felizes independente de onde moram!
   Confesso que com esta crise política e econômica em que vive o Brasil a vontade de ir embora para o exterior aumenta a cada dia, mas será que eu  conseguiria viver longe desta cidade que mais parece um pais? Onde a pluralidade cultural está presente em tudo! Que lugar do mundo eu "saio" do Japão (liberdade) e vou para a Itália (Mooca)? Onde eu me sentiria na Bolívia apenas de ir ao Bresser?
     Moro no extremo sul. Lugar onde a notícia sempre vem em forma de tragédia e que só é lembrada na época das eleições. A população daqui, bem longe da AV Paulista e do Parque do Ibirapuera, também faz São Paulo ser São Paulo.
     Meu bairro tem tudo o que se pode imaginar. Infelizmente não tem uma agência bancária e nem um posto de gasolina, mas de resto tem de tudo! Loja de roupa, de lingerie, de cosmético... E a melhor pizza do mundo! Isso é São Paulo!
      Em São Paulo se é capaz de encontar tudo e em quase todos os lugares. Deu vontade de comer um hot dog, um pão com mortadela... Quem sabe uma comida japonesa? Tudo isso se encontra em São Paulo. Quer ir ao teatro? Aqui estão os melhores espetáculos! Sem falar nas inúmeras salas de cinema e das livrarias que me tiram o ar!
     Não temos praia, mas acho o centro da Cidade um dos lugares mais lindos do mundo! Quando trabalhei próximo ao Metrô de Sta Cecília, muitas vezes ao descer na estação Anhangabaú para caminhar até o Terminal Bandeira, contemplava de longe o Viaduto do Chá e aquele barulho de busina misturado com as luzes dos prédios antigos me davam um orgulho de ser filha desta terra!
     Ficaria o dia inteiro falando desta minha terra da garoa! Te amo, São Paulo! Com teu caos, com tua cor cinza, com tua poluição, teu trânsito... Até as capivaras da Marginal Pinheiros me encantam!
Espero um dia andar sem medo por tuas ruas, por tuas avenidas.. Aqui é meu lugar!
   

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Os 99%...

     O mundo do futebol ficou conhecendo Wendell Lira por causa de um gol bonito pacas, mas o que muita gente esquece é que há muitos e muitos "Wendells Liras" por aí. O jogador premiado com o gol mais bonito do mundo já havia desistido de ser um profissional da bola e estava trabalhando na lanchonete da família.
     Hoje, no Esporte Espetacular da Rede Globo vi uma matéria sobre Wendell Lira. Confesso que fiquei muito emocionada. O cara era um desconhecido e de repente ele estava ao lado de jogadores famosos como Cristiano Ronaldo, Messi e Neymar. Em seu Discurso, Wendell, mostrou ser humilde. Um legítimo brasileiro. Um verdadeiro jogador de futebol. Daqueles que sonham e que sofrem, mas que na doce espera tem a sua recompensa.
    Ouvi um comentário na rádio Jovem Pan bem sábio (Não lembro quem disse). Um mês de salário de Neymar e a vida de Wendell Lira estaria resolvido.
      O futebol, infelizmente, não beneficia 100% de seus atletas profissionais e muitos passam grandes dificuldades para realizarem o que tanto gostam. Muitos jogadores ganham salários que com certeza são bem menores que dos empregados do Neymar!
     Nós percebemos a diferença salarial entre os clubes brasileiros quando há jogos entre um clube do eixo Rio-SP e um time sem expressão do nordeste. Sempre os jornais usam como pauta a folha salarial. Na maioria das vezes o astro do time da Capital com seus rendimentos pagaria o salário de todos os jogadores e da comissão técnica e ainda sobraria algum para pagar o "bicho" em caso de vitória.
    Como já disse em um outro texto, o Brasil não é o país do futebol, pois se fosse, não existiria tantos clubes falidos por aí.
    Quanto será que ganha o atacante do XV de Piracicaba? Será que é o mesmo dos atacantes de Corinthians, Palmeiras e São Paulo? Lógico que não.
     Eu, particularmente, por ter sido fã do Dodô, o artilheiro dos gol bonitos, já Vi gols muito mais espetaculares do que o marcado pelo jogador goiano, mas depois do 7 X 1 para Alemanha, alguma coisa boa tinha de acontecer no futebol brasileiro.