Ontem foi dia Internacional da Mulher e pela primeira vez senti orgulho de ser do sexo feminino. Isso tudo porque estou na fase do autoconhecimento e do amor próprio.
Não que eu não me visse como mulher, mas não conseguia admirar a mulher Janine. Tinha uma visão tão simplista de mim. Via as mulheres a minha volta e falava: “Eita mulher maravilhosa!”, mas não via nada de esplêndido no meu eu.
Comecei a fazer terapia ano passado. Caramba! Como eu me odiava!
Sempre dizendo “Sim” para tudo e para todos; achando que eu deveria ficar sem fazer o que gosto para limpar, lavar e passar roupas; que a vida tinha se resumido a trabalhar e que querer ter um dia de descanso para ler um bom livro ou ver um filme de comédia romântica era crime...
Não, ainda não me amo como deveria! Estou no caminho. Ainda faço coisas com minha alma que não faria nem com o pior dos inimigos, mas ontem senti orgulho de ser mulher. Somos guerreiras demais!
Nós não nos acomodamos. Sempre damos um jeito pra tudo. A gente trabalha fora, cuida de casa, dos filhos e ainda arrumamos tempo para ficar maravilhosa; Temos TPM, mas mesmo assim vamos para a luta! Não nos esmorecemos com qualquer resfriado! E quando ficamos doente, até acham que é frescura, pois é difícil acreditar que o mais forte dos guerreiros também tem seus dias difíceis!
Ah! E tem a mulheres, que como eu, amam futebol, mas que em pleno ano de 2021 ainda sofre preconceito. Ainda vou ver a mulherada falando de futebol como se fosse algo normal. Sem receber olhares de reprovação. Sabe aquele churrasco de domingo? Em que as mulheres lavam a louça e homens ficam em frente da TV? Então, se eu for responsável pela louça, primeiro assisto ao jogo e depois ligo meu celular nos pós-jogo para ouvir a coletiva dos técnicos e dos jogadores enquanto lavo os pratos. Ai fica todo mundo feliz!
Mulheres, vocês são demais! Todo o dia é nosso!