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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sobre a Copa

Quero dizer que sou contra a realização da Copa do Mundo no Brasil, pois nosso amado país não tem infra-estrutura para suportar um evento de tamanha magnitude.
            Não era a favor do Morumbi ser o estádio de abertura da Copa. Sou são-paulina, mas de verdade, não dava.
            O Corinthians passou da hora de erguer sua arena, afinal já são quase 101 anos de história. A questão que discuto e fiquei inculcada é: Como um estádio que não existe fisicamente pode ter passado tão facilmente pelo crivo “dos homens da FIFA? Isso é ridículo!
            Quero que a Copa do Mundo no Brasil vá à M...! E ainda bem que moro na zona sul. Que tenho de enfrentar a Belmira Marin e não a Radial Leste... E Não verei movimentação alguma dos gringos se espremendo no metrô às 18h (risos)
            Tem mais... Não sou viciada em seleção brasileira. Troco todos os títulos do Brasil para que o São Paulo ganhe mais uma Libertadores. Chorei e tive febre de 39,5 quando o São Paulo venceu o Liverpool por 1 a 0, no mundial interclubes 2005. Pergunte a mim o que senti quando Ronaldo fez aqueles dois gols contra a Alemanha em 2002? Nada. Fiquei feliz por estar acompanhando algo que entraria para a história do futebol, só!
          Quando vejo caras como o Presidente da CBF e do Corinthians na televisão, meu estômago embrulha, sinto nojo. Dá uma vontade de não mais gostar de futebol... Mais ai lembro das quatro linhas, o gramado e os 22 jogadores. Pronto passa o nojo.
            QUE FIQUE CLARO AOs IDIOTAS. ESTOU CAGANDO E ANDANDO PARA A COPA. NÃO TENHO INVEJA DE ESTÁDIO DE NINGUÉM, POIS O MEU TIME TEM ESTÁDIO HÁ MUITO TEMPO.
            PEÇO, POR FAVOR! NÃO ME ATORMENTEM!

            GRATA

domingo, 29 de maio de 2011

Rogério Ceni

           Desde que me dou por gente torço pelo São Paulo Futebol Clube, mas foi em 1994, aos 11 anos, que descobri que amava o Tricolor do Morumbi. Chorei ao ver o São Paulo perder o Tri da Libertadores ao Vélez Sastifield da Argentina. Ou seja, já sou veterana ao se tratar de torcida. Lá se vão 17 anos... De lá pra cá vi tanta coisa. E uma delas foi o fim do ciclo de Zetti no gol são-paulino. De repente entrou em seu lugar Rogério (ainda sem o Ceni).
       E eis que no ano de 1997, o Tricolor passava por um momento de draga total , vi Rogério Ceni marcar seu primeiro gol. Lembro que estava assistindo a partida de casa quando houve a falta contra o time do União S. João, e Rogério atravessou o campo para batê-la. Nem acredito que vi a todos os gol de Rogério Ceni e acredito menos ainda que vi um ídolo nascer.
      Sempre desejei ter nascido na década de 40 e assim contemplar o futebol de Pelé, Garrincha & Cia, pois a minha geração foi carente de ídolos. Em 1994 vi o Brasil ser campeão mundial nos pênaltis, jogando durante toda a Copa um futebol burocrático.
      Quando adolescente, por minhas amigas gostarem dos Gatões da TV a minha visão de ídolo era diferente. Não ligava para os jogadores que atuavam bem em campo, mas para os bonitões, como o Caio e o Jameli, jogadores que compunham o chamado Expressinho Tricolor.
      O tempo passou e os ídolos bonitões se foram, mas meu amor pela entidade São Paulo Futebol Clube ficou. E Rogério Ceni continuou a fazer parte da minha história com o time do Morumbi.
     Falar que eu admiro Rogério Ceni é redundante, afinal de todos os jogos que o Rogério participou eu os acompanhei de alguma forma.
     Penso em como será a festa de despedida do Capitão Tricolor. RC já tem 38 anos e por ser obstinado pelo trabalho, talvez nem pense em aposentadoria. Como eu tenho síndrome de peru de Natal, eu já sofro...
     Quero estar no Morumbi lotado quando for a última vez que Rogério defender a meta Tricolor.
     Pode ter a certeza, meus netos ouvirão histórias sobre o camisa 1. Quando minhas mãos enrugarem e meu corpo já não tiver forças para comemorar as vitórias do São Paulo, lembrarei dos gols marcados por Rogério Ceni e claro de suas defesas, como as realizadas contra o Liverpool no Mundial de Clubes de 2005. Provável que nesta vida não veja um jogador alcançar as marcas de Rogério.
     Meus netos e bisnetos, provavelmente irão ao Museu do São Paulo e diante do busto do eterno camisa 1 falarão: “A vovó sempre falava deste goleiro. Dizia que foi o melhor”. O outro vai dizer: “Tem uma foto dela com ele guardada lá em casa. Ela sempre me dizia que nascemos na época errada”. Um outro mais rebelde dirá: “Já no final da vida vovó Janine, falava muito do jogo contra o Liverpool e dos gols que ela viu Rogério Ceni marcar dentro do Morumbi. Até enchia o saco!” . O pequenino, mais são-paulino de todos, pois puxou a bisa, chora: “Ah! Eu queria ter visto o Rogério Ceni jogar!”
     Lembra que no começo deste texto eu disse que queria ter visto o Pelé jogar? As gerações futuras terão vontade de ver alguém como Rogério Ceni jogar. Um jogador que não será lembrado apenas por suas magníficas defesas, mas por cobrar falta como ninguém. Qual goleiro no mundo alcançará RC? Difícil!
     P.S. Domingo, 27 de março, nem em meus mais loucos pensamentos pude um dia imaginar ver Rogério marcar seu 100º gol da carreira na galinhada, ops, no Corinthians (risos).
     Parabéns RC por tudo! Somente a sua dedicação ao São Paulo já merecia agradecimentos!