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sábado, 15 de outubro de 2016

Como é bom escrever

     Escrever acalma a minha alma! Por estes dias tenho colocado pra fora toda minha angústia através da escrita. Como sou muito fechada, acabo que desabafando pelas palavras no papel.
     Na era digital, sou à moda antiga: gosto de uma folha em branco e uma caneta esferográfica. Quando erro risco, rabisco e depois leio, e assim desabafo mais uma vez!
     As coisas que tenho escrito são muito íntimas e talvez daqui alguns anos eu tenha coragem de publicar. São verdades de uma alma sofrida, aflita, perdida em meio aos problemas da vida. Tenho dificuldade em aceitar o destino, as coisas de Deus, o meu trilho...
     Cheguei a idade, na metade do caminho e vi que ainda não tenho quase nada. Que planos tiveram que ser mortos e enterrados, mas sou humana, não consigo entender... Na verdade tenho preguiça de ser adulta.
      Muitos tem perguntado o que eu tenho, mas não sei responder... São tantas coisas... São aflições na alma...
     Sei que um dia tudo isso vai passar... Isso que me consola! Vou olhar para trás e vou rir ou chorar de tudo.

Quando não se tem o que falar!

     Eu não sei vocês, mas eu não consigo ver alguém sofrendo e não sentir nada!
   Há situações que te deixam sem reação. Eu tenho um medo absurdo de falar besteira e não dar um bom conselho ou uma ajuda. Na verdade sou uma péssima conselheira. Talvez pelo fato de não consegui me abrir.
     Trabalho em banco. E hoje uma jovem que gosto muito veio me falar das dificuldades do trabalho. Seus olhos se encheram de lágrimas. Lembrei de todos os perrengues que já passei, do choro incontrolável, da angústia, e dos complexos de " vira-lata" que já tive. Só consegui dizer: "Descanse e espere em Deus".
      Tenho falhado como amiga. No momento estou com muitos problemas e não consigo partilhar com ninguém o que eu tenho vivido. Talvez seja o medo de sairem contando aos quatros cantos meus segredos ou acharem que meus problemas são muitos pequenos e que há coisas mais importantes neste imenso mundo para se preocuparem.
     Já até tentei me abrir, mas já ouvi que era coisa pouca, que tem pessoas com doenças ou desempregadas... E que eu reclamava demais! Então decidi me fechar ainda mais!
      Estou ausente das minhas amizades! Não tenho o que conversar com elas. E olha que sou tagarela... Estou chata, sem rumo... E meus amigos tem problemas bem maiores que os meus!
     Quando minha mãe quebrou o Fêmur, eu percebi quem eram as pessoas que eu posso contar, que não sumiram, mas mesmo com tais pessoas não consigo conversar.
      Graças a Deus nasci Católica e na confissão tenho a oportunidade de 'rasgar o verbo' e ter a certeza de que o padre não vai contar para ninguém!