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domingo, 22 de maio de 2016

Odeio machismo!

    Desde que me dou por gente convivo com o machismo, pois desde que me dou por gente que gosto de futebol.
    Quando era adolescente sofri por duvidarem da minha sexualidade. As piadinhas eram constantes; mulher que gosta de futebol é sapatão!
     Não culpo meus colegas de escola, pois a sociedade que os criou assim. Para a maioria é um absurdo uma mulher não ter vaidade, não gostar de Back Street boy's, não ficar falando de futilidades como unha, cabelo e a vontade louca de comprar uma bolsa nova.
     O tempo foi passando e nas rodas  sobre futebol, meu conhecimento  sempre foi colocado como fanatismo. Sei menos de futebol que a maioria dos homens, mas mulher que gosta de futebol "é fanática".
     Esta semana tive mais um exemplo de machismo. Participo de um grupo apenas de são-paulinos no Whats e não foi que acharam que eu era um homem? Publicaram uma foto de conteúdo pornográfico e um dos meninos disse para ter cuidado com o que se publicava, pois havia uma mulher no grupo. As piadinhas começaram e tive de provar que era mulher e não um homossexual... Quanta besteira!
     Em casa tenho um pai extremamente machista. Como exemplo, posso  dizer que minha irmã ao apresentar meu cunhado, meu pai quase infartou, deu chilique, pois ele tem dois filhos de um relacionamento anterior. Já meu irmão quando engravidou minha cunhada e a conhecemos apenas um mês antes de se casarem... Meu pai não deu um único sermão.
    Depois que casei o machismo é muito mais aparente na minha vida. A mulher não pode ser criada com a finalidade de ser uma serviçal do seu marido, mas a sociedade criam homens folgados e hoje entendo porque muitos casamentos acabam.
    O mundo mudou e as mulheres trabalham fora. São poucas que são apenas " dona de casa ". É necessário a mudança da mentalidade dos homens. Nós mulheres precisamos de um companheiro e não de um "chefe".
     Os homens quando casam continuam a levar a mesma vida de solteiro: futebol com os amigos, roupinha lavada e passada e comida no prato. Já a mulher...
     Desejo uma sociedade igualitária para todos. É inadmissível estarmos em pleno século XXI e ainda ter entre nós tantos preconceitos. Preconceito contra mulher, contra o negro, o pobre, o homossexual..
   No meu caso gostaria apenas de ter o direito de falar de futebol sem ser chamada de doente, fanática, sapatão... Não está escrito em lugar nenhum que o futebol é dos homens e que mulheres não podem gostar!
      Vou continuar falando de futebol e se isso incomodar, (vou usar um clichê)"os incomodados que se mudem".
    
    
    

domingo, 8 de maio de 2016

Só queria uma aula vaga

    Em tempos de bloqueio criativo e da falta de ânimo e tempo para escrever, lembrei de minha época de escola.
     Estudante de escola pública, me acostumei a aulas vagas e era neste momento em que eu escrevia. Havia também as aulas silenciosas, em que o professor passava lições e eu ao invés de fazé-las eu escrevia.
     No colegial o sonho de ser jornalista era muito forte. Eu fingia que uma coluna em algum jornal. Eu escrevia todo o dia. E não era apenas sobre o São Paulo, mas sobre todos os times. Escrevia até sobre a Seleção Brasileira.
     Na final do Campeonato "João Havelange" do ano 2000, eu anotei tudo o que aconteceu no jogo. E neste jogo teve a queda do alambrado. Lembram?
     Estes dias o Paulo Vinicius Coelho foi ao programa "Estádio 97" e lembrei de quando lia sua coluna na Revista Placar. Depois até comprei o livro dele: 'Jornalismo Esportivo'.
     Gostaria de ter "uma aula vaga" para escrever tudo o que eu queria. São tantas coisas.
     Ver o São Paulo na Libertadores mexe demais comigo. Fico saudosista. Lembro de coisas que nem era para eu lembrar.
     O tempo passou e tenho de aceitar que daqui até o fim da vida terei ainda menos tempo para fazer o que gosto. O pão de cada dia vem de um emprego bem distante de todos os sonhos sonhados nas carteiras das aulas do colegial. Agradeço muito a Deus está empregada, pois estou no Brasil e aqui o negócio está bem feio, então nem posso reclamar.
     Espero que meu bloqueio criativo suma da minha mente. O ato de escrever acalma minh'alma. Sinto leve como uma pluma.
     Digitar no celular é um saco, mas se não for assim... Que horas vou conseguir?