Em tempos de bloqueio criativo e da falta de ânimo e tempo para escrever, lembrei de minha época de escola.
Estudante de escola pública, me acostumei a aulas vagas e era neste momento em que eu escrevia. Havia também as aulas silenciosas, em que o professor passava lições e eu ao invés de fazé-las eu escrevia.
No colegial o sonho de ser jornalista era muito forte. Eu fingia que uma coluna em algum jornal. Eu escrevia todo o dia. E não era apenas sobre o São Paulo, mas sobre todos os times. Escrevia até sobre a Seleção Brasileira.
Na final do Campeonato "João Havelange" do ano 2000, eu anotei tudo o que aconteceu no jogo. E neste jogo teve a queda do alambrado. Lembram?
Estes dias o Paulo Vinicius Coelho foi ao programa "Estádio 97" e lembrei de quando lia sua coluna na Revista Placar. Depois até comprei o livro dele: 'Jornalismo Esportivo'.
Gostaria de ter "uma aula vaga" para escrever tudo o que eu queria. São tantas coisas.
Ver o São Paulo na Libertadores mexe demais comigo. Fico saudosista. Lembro de coisas que nem era para eu lembrar.
O tempo passou e tenho de aceitar que daqui até o fim da vida terei ainda menos tempo para fazer o que gosto. O pão de cada dia vem de um emprego bem distante de todos os sonhos sonhados nas carteiras das aulas do colegial. Agradeço muito a Deus está empregada, pois estou no Brasil e aqui o negócio está bem feio, então nem posso reclamar.
Espero que meu bloqueio criativo suma da minha mente. O ato de escrever acalma minh'alma. Sinto leve como uma pluma.
Digitar no celular é um saco, mas se não for assim... Que horas vou conseguir?
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