Quando
fui à Canção Nova em Julho, peguei um pedaço de papel e anotei temas que
gostaria de escrever. Entre os temas havia um sobre meus cachorros. Pensei:
"vou escrever um texto para cada um deles". Só não sabia que
escreveria sobre a Lugana primeiro.
Meu
primeiro cachorro foi o Jack, o Pastor Alemão mais lindo que esta terra já viu.
Jack morreu em 25 de janeiro de 2003. A história dele, eu conto depois...
Depois
do Jack, minha irmã mais velha, deu de presente para o meu pai dois
cachorrinhos: o Ted e o Sborn. Em novembro de 2005, eles fugiram. Ted retornou,
mas Sborn, nunca mais o vimos.
Para
não deixar o Ted sozinho, meu pai trouxe a Lugana. Lugana havia sido encontrada
na rua pelo dono da Casa de Ração. Arredia, ela tinha medo da gente. Com tempo
ela ficou prenha e deu a luz a seis lindos cachorrinhos. Eu fiquei com a Amorosa,
que está na casa da minha mãe. E meu pai ficou com a Meg e o Telê.
Depois
de castrada, Lugana engordou e continuou meiga. Ela adorava ficar dentro de
casa... e claro comer chinelos e os pregadores que caiam no chão. Ah! Fui eu
quem escolheu o nome dela. O São Paulo havia acabado de ser Campeão Mundial, e
Lugano era a cara deste time campeão. Lugana também era guerreira... Ai que
saudade!
Infelizmente,
não sei o dia que a Lugana nasceu, mas sei que ela viveu conosco por mais de
seis anos. Depois que ela percebeu estar em um lugar bom, ela deixava a gente
fazer carinho nela. Ela ficava em êxtase quando passávamos o pé na barriguinha
dela...
Apesar
de dizerem que faz mal, Lugana sempre gostou de osso de galinha. Quando meu pai
comprava frango, ela sabia e ficava rascando a porta da cozinha. Sempre deixava
o osso da coxa pra ela. Toda meiga, ela pegava o ossinho na boca e levava para
comer longe dos outros cachorros. Fiz isso pela última vez quarta-feira
passada.
Saudáveis,
meus cachorros estão sempre correndo e fazendo bagunça.
Quando
chego na casa do meu pai é uma festa. Sempre o Telê vai ao meu encontro e a
Lugana sempre ficava deitada na área... E me olhava balançando o rabinho...
Na
sexta-feira, quando cheguei do trabalho fiz a pergunta de todos os dias para
meu pai: "Aqui está tudo bem". Meu pai com os olhos marejados falou:
" A Lugana morreu". Eu não acreditei! Como assim? Ela estava com
tanta saúde... Daí meu pai contou que ela havia sido atropelada por um caminhão...
Não tive tempo para se despedir da minha pretinha.
Quando
soube da notícia chorei muito, mas depois tentei engolir o choro, pois fiquei
pensando nas pessoas com dores bem maiores que a minha... Mas lembrei que Deus
não faz diferenciação das dores de ninguém... É fácil criticar e dizer:
"Era apenas um cachorro", Para mim não era e nunca será.
A
saudade é muita... Mas a vida tem de seguir. Ainda bem que fiquei com a
Amorosa, que a cara dela (risos). Tinha seis cachorrinhos lindos e agora só
tenho cinco...
Não
sei se vou querer outros cachorros... Eles nos dão tantas alegrias, mas quando
se vão... parece que tudo fica cinza, vazio... tudo faz lembrar, as lambidinhas
de amor que nunca mais voltarão a existir...
Sei
que agora ela está correndo junto com o Jack lá no céu dos cachorros. Que festa
deve estar lá!
Lugana, minha Negona linda |