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domingo, 16 de dezembro de 2012

Meu querido Jack



            Quando minha cachorrinha Lugana morreu, eu disse que escreveria um texto para cada um dos meus cachorros. E hoje escreverei sobre meu primeiro amor canino. Escrevo este texto olhando meu novo cãozinho brincar...
            Até os onze anos tive apenas gatos. Os gatos são lindos, fofinhos e dengosos. Não tenho o que reclamar. Minha última gata foi a Pipoca. Uma gatinha Vira-lata linda que acabou fugindo.
            Meu irmão trabalhava em uma fábrica de blocos e seu patrão tinha um casal de cachorros da raça Pastor Alemão.  No dia 28 de Junho de 1994 nasceu uma ninhada de cachorrinhos e um deles foi escolhido para mudar a minha vida para sempre.
            No começo de agosto do mesmo ano, Jack chegou em casa. Seu nome foi escolhido pelo meu irmão, o criativo. Ele escolheu este nome por causa do Jack, o  estripador.
            Quando Jack chegou não sabia como eram os cachorros, porém foi amor à primeira vista. Quando vi aquela bolinha de pelo tão fofinha me apaixonei. Não pude acreditar quando disseram que ele ficaria grande, maior que eu.
            No primeiro dia, Jack, chorou à noite toda. Acho que era saudade de sua mãezinha. Depois ele foi se acostumando conosco e nós com eles. E depois só foi alegria!
            Jack, quando pequeno, gostava de dormir comigo. Assim que meu irmão saia para trabalhar, Jack entrava em casa e dormia aos meus pés, mas isso durou pouco tempo, pois ele cresceu e muito (risos).
            Quando Jack tinha uns sete meses, ele ficou doente, muito doente. Pensei que Ele nos deixaria cedo. Descobri o amor pelos cachorros, quando vi Jack, debilitado, deitado em baixo da bananeira, recusando comida. Naquele dia caia uma garoa chata e meus olhos marejados não escondiam a minha tristeza. Pedi pela primeira vez a intercessão de São Francisco de Assis. Graças a Deus, meu cachorro sobreviveu!
            Jack era bonzinho e nunca mordeu ninguém. Ele levantava as orelhas quando algum membro da família estava próximo de casa. Eu adorava abraçar o Jack. Por ele ser grande, eu ficava abraçada com ele por horas. Ás vezes conversava com ele enquanto fazia cafuné em suas orelhas.
            Eu sabia exatamente como começar este texto, mas não faço a mínima ideia de como terminá-lo. O Jack não merecia um texto, Ele merecia um livro, uma novela, um filme... Em um texto é impossível esmiuçar cada detalhe da vida de um serzinho que só nos fez bem...
            Lembro do Jack nadando na represa Billings. Que cena mais linda! E quando eu estava no colegial? Eu adorava falar do Jack e mostrar suas fotos para todo mundo. E claro, tinha de explicar que seu nome não era uma homenagem ao personagem do Leonardo Di Caprio no filme Titanic (risos).
            No final de 2002, minha vida estava uma grande M... e para piorar meu cachorrinho começou a ficar doente. Meu companheiro já dava sinais de que me deixaria em breve.
            No dia 24 de Janeiro vi meu cachorro vivo pela última vez. Antes de ir para a casa da minha mãe, o abracei pela última vez e disse para ele não morrer, pois precisava dele. No dia seguinte fui a um evento da Canção Nova lá na Zona Norte. Ao chegar em casa procurei pelo Jack e infelizmente ouvi do meu Pai uma das piores notícias da minha vida: “O Jack morreu!”.                        
            Espero que o autor do Livro Marley & Eu, John Grogan,  esteja certo ao dizer que existe o céu dos cachorros...
            Atualmente tenho seis cachorros: Ted, Meg, Telê, Muricy, Amorosa e Lugano, este último está em casa a apenas um mês... Ele veio para diminuir a perda da Lugana, que morreu atropelada. 
            O tempo não apagou a saudade do meu lindo cachorrão... só aumentou! Um dia espero reencontrá-lo... lá no céu dos cachorros...
Jack, o lindo
           
            

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