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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Saudades...




            Sonhei na noite passada com o dia em que destroquei o braço jogando futebol. No sonho me via com o braço engessado, com um conjunto de tactel azul que eu tinha. Eu dizia: “Sou eu, sou eu!”. Que sonho louco... Aliás, tenho pensado muito no passado, tentando ver aonde errei para poder consertar e não errar muito de onde estou até ao final da vida.
            Por estes dias tenho sentido uma fadiga maior. Eu deito pra dormir e o passado vem me visitar, não com pensamentos ruins, mas com as coisas boas que eu já fiz. Sinto uma agonia, uma vontade de voltar atrás. Queria poder viver um único dia de 2000: acordar cedo, ir para escola, dar risada, ir para o curso, jogar bola e chegar em casa com a sensação de dever cumprindo.
            Queria não ter as responsabilidades que tenho... queria de alguma forma me sentir feliz ao levantar... Sinto que perdi minha essência. É tão ruim fazer as coisas por fazer. Fazer algo que você não tem dom e ter de aceitar... aceitar sem murmurar. Foi uma escolha.
            Hoje sinto a necessidade de reciclagem profissional para fazer o que gosto... Mas estou sem saída. Não gosto de matemática, que dizer, não sei, por isso que não a amo (risos). Queria trabalhar com prazer em algo que realmente tenho aptidão...  Mas quantas pessoas estão na mesma situação que eu?  Não tenho o direito de reclamar.
            Ah! Se fosse agora... Não teria feito a faculdade que eu fiz... Ela não me valeu de nada... Só me deixou ainda mais sem dinheiro.
            Não quero ganhar na Mega-Sena, apenas queria ganhar o suficiente em um trabalho que me deixasse dormir a noite; um emprego que não me deixasse sentir-se burra e incompetente; um emprego em que realmente pudesse mostrar minhas reais habilidades... quem sabe no céu?
            Aliás, como tenho sentido saudades do céu. Esta tristeza que não passa é saudade do céu. Lá, tenho certeza, não há tristezas, só alegria! Muita alegria.
            Deus, daí-me sabedoria para suportar as provações e fazer valer a pena estes dias nesta terra...
            

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Heróis também desistem




            Certa vez ouvi na Canção Nova (como eu cito a Canção Nova em meus textos) que o verdadeiro herói não é aquele que vence as batalhas, mas aqueles que também fogem de alguns combates. Isso foi dito no contexto das situações de pecado. Os cristãos não devem buscar as situações de pecados, mas evitá-las. Hoje quero utilizar o que ouvi para falar de Bento XVI.
            Estava em uma loja de sapatos quando recebi a notícia de que Bento XVI renunciaria ao papado. Fiquei chocada e profundamente tiste.
            Como todos sabem tenho uma profunda admiração pelo Beato João Paulo II. Quando ele morreu, foi como seu uma espada tivesse transpassado meu coração.  Fiquei pensando no que seria a Igreja sem Giovanni Paolo, mas o Espírito Santo preparou para comando da Igreja Joseph Ratzinger, um alemão conservador, mas sábio muito sábio.
            Bento XVI nunca quis quantidade, mas qualidade dos fiéis católicos. Em tempos que a liturgia da Igreja é detonada, em que as pessoas vão à Santa Missa sem saber o que estão fazendo... Nada melhor que um papa conservador para mostrar o que é a Igreja Católica Apostólica Romana. Tenho uma camiseta em que há uma frase dita por Bento XVI que mostra bem isso. A frase diz: “A Igreja é a nossa casa! Esta é nossa casa! Na Igreja Católica temos tudo o que é bom, tudo que é motivo de segurança e consolo”.
            Aprendi a amar Bento XVI, com ele vivi uma das mais belas experiências de fé da minha vida.  Em 2007, ainda trabalhava em regime de escala e folguei justamente no dia da canonização de Frei Galvão. Naquele dia acordei indisposta e não fui para o Campo de Mártir e a tarde decidi ir ao centro da Cidade de São Paulo tentar vê-lo ao sair da Catedral da Sé. Fiquei em frente à Igreja do Largo São Francisco, encostada no alambrado colocado para segurança. Passaram algumas pessoas dizendo que Bento XVI não passaria por ali, mas... Ele passou no Papamóvel. Quando o vi a uns dez passos de mim... quase tive um treco. Senti uma emoção tão grande, inexplicável! Senti a presença de Deus. Uma pena eu não ter uma câmera digital naquela época...
            Quem guia a Igreja Católica é o Espírito Santo de Deus e com certeza ele já sabe quem será o próximo sucessor de Pedro.
            Ah! Obrigada Beto XVI por ter divulgado sua renúncia em uma segunda-feira de carnaval. Os carros alegóricos, blocos carnavalescos e mulheres nuas, que tomariam conta dos noticiários do Brasil,  deram lugar aos motivos que o levaram a tomar esta decisão. Sua renúncia demonstrou coragem. Heróis também desistem das batalhas, pois o verdadeiro comandante sabe distinguir o que melhor para seus comandados. Obrigada, Bento XVI !
Desejo muito ter a sua coragem e sabedoria para viver aqui nesta vida, vida esta que o senhor disse ter chegado a última parte da jornada!
            

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Passou tão rápido...


            Hoje fui assistir ao filme João & Maria – Caçadores de bruxa e depois fui dar uma voltinha no Shopping. Ao entrar em uma loja de esportes para acompanhar o meu noivo e seu amigo, me bateu uma tristeza.
            Meus olhos ficaram marejados ao ver aquele monte de bolas, chuteiras e calções...
            Tenho reclamado muito do meu emprego, pois não faço o que eu gosto... Porém, lembrei que eu não faço o que gosto há muito tempo.
            Amo jogar futebol, mas tive de parar por causa do meu joelho. Não tenho cartilagem do joelho direito e não posso fazer nenhum exercício de impacto. Queria tanto
poder ao menos jogar futebol e assim fazer pelo menos uma coisa que gosto...
            Hoje vi uma chuteira rosa linda... que vontade de jogar futebol! Por isso, que, quando comecei a sentir dores no ombro direito, eu não pensei duas vezes e procurei um médico. Fiquei com medo de não poder escrever também... Se isso acontecesse seria uma grande M.., pois além de não poder jogar bola, não trabalhar naquilo que gosto, eu ainda não poderia fazer uma das poucas coisas que me dão prazer: escrever!
            Se eu pudesse viver ao menos uma semana dos anos 1999 ou 2000 e poder bater uma bolinha sem compromisso... Eu era feliz e não sabia. O tempo passou rápido, mas não apagou o vazio que o prazer de jogar futebol me proporcionava. Segue o jogo, ops, segue a vida!