Passei
por momentos difícies este ano. Um tempo de não ter tempo para eu fazer o que
mais gosto: ESCREVER. Como disse em textos anteriores, minha mãe quebrou o
fêmur e tive de cuidar dela. Havia noites em que dormi por quatro, cinco horas
no máximo, para no dia seguinte trabalhar e ao chegar em casa dar banho, fazer
a janta, sopa, acordar de madrugada para dar remédios, trocar fralda. Não foi
fácil. Durante este período não tinha tempo de atualizar este Blog e nem o site da minha Paróquia (www.matrizsantaluzia.com.br). Meu Deus, como eu chorei! Não ter tempo para escrever
me fez sofrer tanto. Porque é escrevendo que eu me liberto. Eu grito pelas
palavras e me alívio ao escrever... Infelizmente, eu sou assim. Desde quando
aprendi a escrever.
Não
preciso dizer que não trabalho com as palavras e isso me deixou mais estressada
(risos). Trabalho em banco e ter um momento de respiro é algo raro. Eu esqueço
até de tomar água e de ir ao banheiro. Deve ser por isso que estou gorda
(risos). Mas, na hora do desespero, da agonia extrema... Eu peguei envelope de
depósito e o usei como “válvula de escape”.
Segue
os textos:
A COPA QUE PENSEI SER MINHA
Eu gosto de
sonhar, apesar de agora não fazer isso com tanta freqüência. Às vezes eu sonho
com a oportunidade de trabalhar com que gosto, que é escrevendo.
Na
adolescência vi crescer dentro de mim a vontade de ser Jornalista Esportiva.
Não me preocupava com o futuro e nem com as faltas de oportunidades da vida.
Não pensava que para ser repórter de campo eu teria que ser fluente em Inglês e
conhecimentos sobre tudo. Não pensei que
o mercado seria preconceituoso por eu ser pobre e não estudar na melhor Universidade
do país.
Quantas
vezes em entrevista de emprego não me deram a chance de eu mostrar meu talento.
O tempo passou e depois de tantos “nãos”... vim trabalhar no banco. E mais uma
vez sonhei com a possibilidade de trabalhar na minha área. Fiz pós-graduação,
voltei para o Inglês e nada tem acontecido.
Sempre
fui contra a Copa no Brasil, mas almejei conseguir algo na minha área, mas os
ventos do destino sopraram contra... Ano que vem completo 32 anos e os sonhos
vão ficando cada vez mais para trás...
A loucura ataca novamente
É assim... enquanto
a máquina decide se quer funcionar, eu arrumo um envelope de depósito para
escrever.
Hoje,
em particular, estou me sentindo um nada, a pessoa mais incompetente do mundo.
Penso
às vezes em como minha vida está um lixo. É tanta coisa ruim acontecendo, mas
lembro que sempre tem alguém pior que eu.
Tenho
pensado muito na minha vida profissional: “Eu não sei faze nada!” “Queria
gostar de matemática!”... “Gostaria de ter cursado uma faculdade que me desse
dinheiro. Não tenho a pretensão de ser rica, mas queria ao menos poder planejar
minha viagem ao Vaticano.
Sabedoria...
A gente pede muita
coisa a Deus, mas não pede o essencial: sabedoria.
Vejo
como eu errei na vida sem pedir sabedoria que vem do alto... Quantas coisas boas
deixei de fazer e nem gosto de lembrar das burradas que eu fiz.
Sinto
que as tristezas do meu coração foram causas pela falta de sabedoria que vem de
Deus.
Tenho
andado muito chorosa. “Querendo tudo abandonar”. A fé para mim está difícil,
mas ao mesmo tempo eu acredito que tudo vai dá certo.
Aqui não é mais o país
do futebol
Amo Copa do Mundo,
mas sou contra a realização da competição no Brasil. O país não tem condições
de sediar este evento. Claro que se a Copa não fosse aqui, hospitais, escolas,
creches e etc não seriam construídos, mas... sou contra e ponto final,Já discorri
sobre o tema em outros textos.
O
clima de Copa do Mundo é fantástico, mas o que não me conformo e dizerem que
este país do futebol.
Não
temos o melhor jogador do mundo, o campeonato Brasileiro é uma meleca; os
clubes brasileiros não conseguem sobreviver sem patrocínios, como o Barcelona,
por exemplo e estão todos endividados; e o pior de tudo: brasileiro não consome
futebol como um produto... (este
aqui eu não terminei... tive que voltar a trabalhar)
Estou com vontade de escrever
É tanta coisa
acontecendo ... está tudo girando e nem sei como expressar. Dá para acreditar
que eu chorei por não ter tempo de escrever?
Sinto
os dias passando e uma agonia crescendo. Tanta coisa para resolver, para
pensar, e outras tantas paras resolver.
É
tão ruim ter incertezas. Gosto do concreto e não dos medos. Queria neste
momento apenas dormir e ao acordar saber que tudo se resolveu...
Muitos
questionaram minha fé... Cadê a fé que move as montanhas? Cadê a minha crença
em Deus? Elas estão aqui... Bem no coração!
A
dor me fez crer ainda mais em Deus. Agora eu sei que Ele é quem designa tudo. Fazemos
planos, sonhamos, mas é Deus que nos dá tudo... na hora em que Ele quer. No
tempo dele.
Ter
fé não é ter ausência de dor. Ter fé é ter força para superar a dor
(Escrito
no envelope de depósito em 08/04/2014)
P.S.
este eu coloquei data.
Eu estou ficando doida...
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