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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

É amanhã!



            Amanhã o São Paulo estréia na Taça Libertadores  e confesso que será um dia de sentir minha gastrite (risos). Foi por um jogo da Libertadores que eu me tornei uma torcedora fanática. Na verdade foi o dia que pela primeira vez chorei pelo São Paulo. Há quase 21 anos, no dia 30 de agosto de 1994, vi da minha casa o São Paulo perder a final da Libertadores para o Vélez Sarsfield. Que dor! Tinha 11 anos e desde então não houve um dia em que eu não sonhassem em ver o São Paulo ser campeão desta competição. Esperei outros 11 anos para realizar meu sonho e no dia 14 de julho de 2005 realizei meu desejo. Deixo aqui o relato daquela noite memorável:

            Que noite maravilhosa foi a de quinta-feira. Passei por um estado de êxtase. Estar no Morumbi em uma final de Libertadores foi a realização de um sonho. A todo instante, enquanto estava na arquibancada vermelha esperando o jogo começar, eu me lembrava de minha infância. Eu sentada no sofá da casa do meu pai derramei minhas primeiras lágrimas pelo São Paulo Futebol Clube no dia 30 de agosto de 1994. Durante 11 anos esperei pelo Tri. Neste período vi o São Paulo ganhar somente títulos considerados pequenos. Vi o Raí encerrar a carreira; técnicos passarem sem sucesso pelo Tricolor. Quantas crises! Quantos fracassos! Aqueles dois pênaltis perdidos pelo Raí na semifinal do Brasileirão de 1999. Quanta decepção!
            Durante 11 anos sonhei com a quinta-feira do dia 14 de julho de 2005. Há quinze dias fiquei na fila pelo período de 12 horas para comprar o ingresso e os dias começaram a se arrastar. O tempo não passava, mas lembrava: “Demorou onze anos para isto acontecer. Não há problema em esperar mais alguns dias, horas, minutos”. Enfim o dia chegou!
            Cheguei ao Morumbi um pouco antes das 19h. A todo instante me beliscava. Estava difícil de acreditar no que meus olhos viam.
            Quando o Amoroso fez o primeiro gol do Tricolor, o Morumbi tremeu! Choro, gritos de alegria e discursos emocionados... a torcida foi a loucura. Aos 45 do segundo tempo, o juiz Horácio marcou um pênalti inexistente e um silêncio tomou conta do estádio. 70 mil calados. Senti um arrepio na coluna, uma agonia. De repente as vaias começaram. Rogério Ceni no gol diz: “ Eu vou pegar! Eu vou pegar!” . Partiu Fabrício, bateu... na trave. Gol! Parecia que havia sido gol! No intervalo a torcida não para. Canta, empurra para longe o stress. Começa o segundo tempo. Um olhar para o céu e o outro para o relógio. Faltava apenas 45 minutos para soltar o grito preso na garganta: “Tri-campeão!”
            Escanteio para o Tricolor. Fabão vai pra área e gol. Alguns torcedores ensaiam o grito de campeão. Outros prestam atenção na péssima apresentação do Atlético-PR. Faltava o gol do Luizão, o gol do cara que eu particurlamente não gostava, mas que aprendi a respeitar. Depois do passe de Amoroso... gol de Luizão.
            Pronto! Depois da longa espera! Eu podia comemorar o Tricampeonato da Libertadores. Um sonho! A coisa mais linda que meus olhos viram nestes últimos anos.
            Aos 40 do segundo tempo, o Tricolor passeava em campo, a torcida então deu seu show e 70 mil gritaram o nome de Telê Santana. Foi difícil segurar as lágrimas. Ops! Quase ninguém viu. Tardelli fechou a goleada! São Paulo primeiro Tricampeão da Libertadores do Brasil. No fim São Paulo 4 X 0 Atlético-PR.
            Se foi sonho, não quero acordar! Foi lindo! Salve o Tricolor Paulista!
            Rogério Ceni, Cicinho, Lugano, Alex, Fabão, Júnior, Josué, Mineiro, Danilo, Amoroso e Luizão! Como esquecer vocês?
 
Eu nunca fui normal. Meu diário com relato do jogo do SPFC em 1994
 e o Ingresso do Jogo da Final de 2005

             

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