Pesquisar este blog

domingo, 1 de março de 2015

Quando as preocupações são outras

                Depois dos trinta a vida começa a ficar complicada. Você além de ganhar peso e não conseguir perder. Você tem inúmeras responsabilidades e percebe que apesar de ter chegado quase no meio do caminho da estrada chamada vida, você deixou de concluir muitos projetos. Você olha para trás e volta dez anos e chega a conclusão de que errou muito. Ai você lembra que era inexperiente e isso alivia um pouquinho a sua crise existencial.
                Chamo a idade dos trinta da idade das dores. Nunca senti tantas dores como agora e olha que eu faço natação. Sinto dores nas costas, no ombro direito e agora descobrir que estou com gastrite. Mais uma dor para a coleção. 
                Depois dos trinta o regime não vale nada. Ficar magro nesta idade é só para os bons de genética. E no meu caso, não tive sorte. Estou fora do peso e isso colabora para a dor no meu joelho direito. 
                Claro que chegar a meia idade não é de todo mal. Você fica mais sábio e menos respondão. Principalmente no trabalho. Você ouve a humilhação e aí lembra que é casado, pai ou mãe de família e que não pode dar ao luxo de mandar o seu chefe para aquele lugar, pois tem bocas para alimentar ou uns boletos para pagar. Ou no meu caso três cachorros para cuidar e dívidas do casamento. 
                Ser trintão é não ver graça em nada que as pessoas mais novas dizem. Por mais que você se esforce, às vezes você acha tudo tão chato. A balada já não te preenche mais. No meu caso nada mais me dar mais prazer que ficar em casa quietinha lendo um bom livro ou folheando uma revista.
                Sei de uma coisa: o futuro chegou e eu não sei como lidar com ele. Hoje meus medos são outros. Infelizmente as minhas preocupações só cresceram. Tenho saudade do tempo em que tinha apenas dois problemas: gostar de quem não gostava de mim e ter o cabelo mais feio da escola (risos).
                Nem vou citar as preocupações atuais, pois elas não caberiam neste texto e mereceriam um livro.
                O tempo passou e tenho de aceitar. É como os jovens dizem: “Aceita que dói menos”.


                P.S.: Tanta coisa aconteceu no futebol desde do último dia em que escrevi aqui, mas cada dia tive algo diferente para fazer. Estou me adaptando ao meu novo horário de trabalho e quando chego em casa só quero saber de dormir. 

Nenhum comentário: