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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Os 20 anos da Paróquia Santa Luzia

                No aniversário da minha Paróquia eu não poderia deixar de escrever! Parabéns! Paróquia Santa Luzia! 
            Não quero com este texto contar a história da Paróquia, pois isto já foi feito pelo site da Paróquia. Quero aqui apenas expor minhas memórias como paroquiana e nada mais!
            A primeira vez que eu entrei na Paróquia Santa Luzia (à época ainda Comunidade Santa Luzia) era o ano de 1994. Seu aspecto físico em nada lembrava uma Igreja. Com grandes portões verdes e com formato retangular, onde hoje fica a entrada funcionava as salas de catequese e ao seu lado o altar. Onde hoje é o altar lá era “nada”, que dizer, por falta de salas, muitos domingos tive catequese lá. O Catequista fazia uma roda com as cadeiras laranjas e ao ar livre eu fui catequizada. Quando lembro fico até emocionada.
            A primeira missa que participei cheguei atrasada (que vergonha) e quem a celebrava era o padre Pedro.
            Como meus pais não participavam, eu comecei a catequese por obrigação. Recebi então um convite para integrar o Coral Infantil, mesmo tendo uma voz horrível! Antes um pouquinho deste momento, participei da missa em que estavam presentes os padres Pedro e Antuniel e o Bispo Dom Fernando Antonio Figueiredo. Não entendi naquele instante que o Padre Antuniel seria o meu primeiro pároco.
            Digo que Deus me escolheu para ser Católica Apostólica Romana e Ele usou a paróquia de Santa Luzia para isso.
            Desde a catequese gostava de música. Sou uma “taquara rachada”, mas com já foi dito, fui participar do “Coralzinho” e isto me fez gostar e entender a liturgia , e claro, me fez fica na Igreja. Quem me convidou para o coralzinho foi o Vanderlei. Este homem é um patrimônio histórico da Santa Luzia e ainda hoje está na Paróquia.
            Lembro de tanta coisa legal daquela época. Principalmente da minha primeira comunhão. Aquele 26/11/1995 não saem da minha cabeça. Era um tempo diferente. As meninas ainda tinham de usar vestido branco e os meninos roupa social. Ah! E as crianças cantavam em sua primeira eucaristia. Eu lembro das crianças cantando: “Mãe de Jesus, Maria! Me empresta por favor o teu coração! O meu é pequeno demais para levar todo este amor que eu tenho para dar ao meu Jesus!”.
            Lembro do dia em que me confessei pela primeira vez! Eu tremia mais que vara verde. Eu morria de medo do padre Antuniel (risos).
            Lembro do dia que o padre Marcelo Rossi veio celebrar uma missa no Jd Varginha. Às vezes acho que é mentira, ai lembro que tudo é verdade. O tempo apenas passou!
            Lembro do dia da inauguração do altar, no lugar onde é hoje. O coralzinho fez bandeirinhas vermelhas e brancas.
            Com saudades recordo das missas sertanejas. Hoje entendo cada lágrima daquelas pessoas ao ouvir o som da sanfona. Hoje choraria junto!
            E a missa dos atletas? O padre Atuniel chamava os atletas armadores do bairro e lhes dava uma benção antes do inicio do campeonato!
            Fui crescendo e aos 13 anos (quase 14) entrei para o grupo de jovens, o MEJ (Movimento Eucarístico Jovem) e comecei a preparação para a Crisma. Que saudade eu tenho do MEJ! O último grupo de jovens da paróquia que deu certo e que deixou frutos! Que saudade de passar as manhãs de sábado limpando a Igreja e aos domingos se reunir para falar de Deus.
            E as quermesses? Saudade das quadrilhas e das barracas montadas em frente a Paróquia!
           
            Lembro de quando começou o grupo de Oração. Era tão legal! Eu acordava antes da cinco da manhã para ir à escola e o grupo acabava quase dez da noite. Saudade do Seu Esmeraldo, Elieto..
            O tempo foi passando e os problemas foram aumentando. Nesta caminhada tive várias provas! Caí, mas graças a Deus eu levantei! Fiquei um período sem freqüentar a Paróquia e hoje em dia me arrependo muito. Foram os dias mais difícíeis da minha vida. Muito ruim ficar sem ir a própria casa. Mas, como Deus me escolheu para ser católica... Ele me deu a oportunidade de recomeçar no Ministério de Dança Ritmo de Cristo. Quando eu escuto Simplesmente Amar dá um aperto no coração. Aquele musical de Natal do ano de 2003 ficou na memória.
            Ah! São tantas coisas para se recordar. Acho que daria um livro. Um texto não dá para expressar toda a trajetória de uma comunidade que cresceu e apareceu.
            Foram tantas a provas, tantos sofrimentos dos paroquianos. Lembro de uma missa com padre Tiago e chovia mais dentro da Igreja que fora. Nossa! Que saudade deu do Padre Tiago!
            E as obras da Paróquia? Que coisa mais linda ver as pessoas unidas pela construção física da Paróquia! Teve um período que cada uma das ruas do bairro era responsável por servir o almoço aos voluntários. Sem dúvida foi uma época muito bonita e que realmente fez valer o ditado que a “união faz a força”.
            Sigo caminhando e frequentando a Paróquia Santa Luzia. As memórias são renovadas a cada missa que participo, a cada novo acontecimento...
            Nestes 20 anos da Paróquia Santa Luzia agradeço a Deus e a todos os padres que por ela passaram e fizeram sua história! Agradeço ao padre Antuniel por tanta criatividade e rigidez com as coisas de Deus. Com Ele aprendi tanta coisa. E o padre Tiago? Um amor de pessoa! Ele que me apresentou Santa Teresinha do Menino Jesus e suas homilias não saem da minha cabeça! E o Padre João Paulo? Este eu não tenho nem palavras! Encontrou uma Paróquia em frangalhos e a ergueu! Sou tão grata a este padre! Ele devolveu a nós a dignidade de estar em nossa casa! Quem daquela época não se lembra das missas no galpão alugado? E agora temos o padre Rubens que continua a jornada da Santa Luzia e que daqui alguns anos também será lembrando nesta linda história que não tem fim.
            A cada vez que vou à Santa Luzia sempre lembro de uma música do padre Zezinho que diz: “Minha vida tem sentido, cada vez que eu venho aqui, e te faço o meu pedido de não me esquecer de ti.

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