No aniversário da minha Paróquia eu não poderia deixar de escrever! Parabéns! Paróquia Santa Luzia!
Não
quero com este texto contar a história da Paróquia, pois isto já foi feito pelo
site da Paróquia. Quero aqui apenas expor minhas memórias como paroquiana e
nada mais!
A
primeira vez que eu entrei na Paróquia Santa Luzia (à época ainda Comunidade
Santa Luzia) era o ano de 1994. Seu aspecto físico em nada lembrava uma Igreja.
Com grandes portões verdes e com formato retangular, onde hoje fica a entrada
funcionava as salas de catequese e ao seu lado o altar. Onde hoje é o altar lá
era “nada”, que dizer, por falta de salas, muitos domingos tive catequese lá. O
Catequista fazia uma roda com as cadeiras laranjas e ao ar livre eu fui
catequizada. Quando lembro fico até emocionada.
A
primeira missa que participei cheguei atrasada (que vergonha) e quem a
celebrava era o padre Pedro.
Como
meus pais não participavam, eu comecei a catequese por obrigação. Recebi então
um convite para integrar o Coral Infantil, mesmo tendo uma voz horrível! Antes
um pouquinho deste momento, participei da missa em que estavam presentes os
padres Pedro e Antuniel e o Bispo Dom Fernando Antonio Figueiredo. Não entendi
naquele instante que o Padre Antuniel seria o meu primeiro pároco.
Digo
que Deus me escolheu para ser Católica Apostólica Romana e Ele usou a paróquia
de Santa Luzia para isso.
Desde
a catequese gostava de música. Sou uma “taquara rachada”, mas com já foi dito,
fui participar do “Coralzinho” e isto me fez gostar e entender a liturgia , e
claro, me fez fica na Igreja. Quem me convidou para o coralzinho foi o
Vanderlei. Este homem é um patrimônio histórico da Santa Luzia e ainda hoje
está na Paróquia.
Lembro
de tanta coisa legal daquela época. Principalmente da minha primeira comunhão.
Aquele 26/11/1995 não saem da minha cabeça. Era um tempo diferente. As meninas
ainda tinham de usar vestido branco e os meninos roupa social. Ah! E as
crianças cantavam em sua primeira eucaristia. Eu lembro das crianças cantando:
“Mãe de Jesus, Maria! Me empresta por
favor o teu coração! O meu é pequeno demais para levar todo este amor que eu
tenho para dar ao meu Jesus!”.
Lembro
do dia em que me confessei pela primeira vez! Eu tremia mais que vara verde. Eu
morria de medo do padre Antuniel (risos).
Lembro
do dia que o padre Marcelo Rossi veio celebrar uma missa no Jd Varginha. Às
vezes acho que é mentira, ai lembro que tudo é verdade. O tempo apenas passou!
Lembro
do dia da inauguração do altar, no lugar onde é hoje. O coralzinho fez
bandeirinhas vermelhas e brancas.
Com
saudades recordo das missas sertanejas. Hoje entendo cada lágrima daquelas
pessoas ao ouvir o som da sanfona. Hoje choraria junto!
E
a missa dos atletas? O padre Atuniel chamava os atletas armadores do bairro e
lhes dava uma benção antes do inicio do campeonato!
Fui
crescendo e aos 13 anos (quase 14) entrei para o grupo de jovens, o MEJ
(Movimento Eucarístico Jovem) e comecei a preparação para a Crisma. Que saudade
eu tenho do MEJ! O último grupo de jovens da paróquia que deu certo e que
deixou frutos! Que saudade de passar as manhãs de sábado limpando a Igreja e
aos domingos se reunir para falar de Deus.
E
as quermesses? Saudade das quadrilhas e das barracas montadas em frente a
Paróquia!
Lembro
de quando começou o grupo de Oração. Era tão legal! Eu acordava antes da cinco
da manhã para ir à escola e o grupo acabava quase dez da noite. Saudade do Seu
Esmeraldo, Elieto..
O
tempo foi passando e os problemas foram aumentando. Nesta caminhada tive várias
provas! Caí, mas graças a Deus eu levantei! Fiquei um período sem freqüentar a
Paróquia e hoje em dia me arrependo muito. Foram os dias mais difícíeis da
minha vida. Muito ruim ficar sem ir a própria casa. Mas, como Deus me escolheu
para ser católica... Ele me deu a oportunidade de recomeçar no Ministério de
Dança Ritmo de Cristo. Quando eu escuto Simplesmente
Amar dá um aperto no coração. Aquele musical de Natal do ano de 2003 ficou
na memória.
Ah!
São tantas coisas para se recordar. Acho que daria um livro. Um texto não dá
para expressar toda a trajetória de uma comunidade que cresceu e apareceu.
Foram
tantas a provas, tantos sofrimentos dos paroquianos. Lembro de uma missa com
padre Tiago e chovia mais dentro da Igreja que fora. Nossa! Que saudade deu do
Padre Tiago!
E
as obras da Paróquia? Que coisa mais linda ver as pessoas unidas pela construção
física da Paróquia! Teve um período que cada uma das ruas do bairro era
responsável por servir o almoço aos voluntários. Sem dúvida foi uma época muito
bonita e que realmente fez valer o ditado que a “união faz a força”.
Sigo
caminhando e frequentando a Paróquia Santa Luzia. As memórias são renovadas a
cada missa que participo, a cada novo acontecimento...
Nestes
20 anos da Paróquia Santa Luzia agradeço a Deus e a todos os padres que por ela
passaram e fizeram sua história! Agradeço ao padre Antuniel por tanta criatividade
e rigidez com as coisas de Deus. Com Ele aprendi tanta coisa. E o padre Tiago?
Um amor de pessoa! Ele que me apresentou Santa Teresinha do Menino Jesus e suas
homilias não saem da minha cabeça! E o Padre João Paulo? Este eu não tenho nem
palavras! Encontrou uma Paróquia em frangalhos e a ergueu! Sou tão grata a este
padre! Ele devolveu a nós a dignidade de estar em nossa casa! Quem daquela
época não se lembra das missas no galpão alugado? E agora temos o padre Rubens
que continua a jornada da Santa Luzia e que daqui alguns anos também será
lembrando nesta linda história que não tem fim.
A
cada vez que vou à Santa Luzia sempre lembro de uma música do padre Zezinho que
diz: “Minha vida tem sentido, cada vez que eu
venho aqui, e te faço o meu pedido
de não me esquecer de ti.”
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