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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Outro texto velho...


Mais um texto antigo, porém muito, mais muito atual (risos)

            Ser jornalista é viver envolto a uma obrigação de saber tudo e não exatamente aquilo que lhe interessa.
            O jornalista tem de conhecer o mundo, mas o mundo não precisa o conhecer.
Os amigos, parentes e conhecidos do jornalista, cobram dele soluções e frases feitas sobre tudo que envolve o mundo.
Há dias que o jornalista acorda querendo apenas relaxar, mas o computador conectado à Internet apontou mais um problema social. O jornalista se desespera por não ter conhecimento sobre aquele determinado assunto... e agora? O pobre profissional queria apenas relaxar, mas seu descanso vira uma busca ao Google.
            O jornalista respira e vai ao arquivo pessoal: jornais e revistas antigos são revirados. Sua rinite ataca, o telefone toca... e coitado, o jornalista só queria relaxar.
            O jornalista conseguiu um fim de semana livre e resolveu ir ao almoço de família. Em meio a discussão sobre futebol, seus primos e cunhados querem saber sobre o mensalão, pois não entende nada do que se fala na TV  e querem ouvir do profissional da comunicação o que é...
            O jornalista é saudado com vários tapinhas nas costas e acompanhado de falas como: “ Este cara, apesar de ganhar mal, sabe tudo”... O jornalista respira fundo...
            Ah! Esquece! Este é apenas mais um texto que uma pobre jornalista sem sucesso tenta escrever e não sabe como terminar...

            Fui!

            Mais um texto atualíssimo... 

Texto antigo, texto bom!


Deixo, hoje, um texto escrito por mim em 25 de Junho de 2005

            Acordei com vontade de escrever. Mas, afinal que jornalista não gosta de encher linhas em brancos com palavras, às vezes, nem tão bonitas?
            O São Paulo perdeu para o Internacional – RS pelo placar de 3 a 1, mas isso não me aflige. É engraçado, porém minha cabeça está na Libertadores da América...
            Neste caderno, que tenho há doze anos, tem um trecho que diz: “Hoje o São Paulo vai ser Tri”. (risos)
            O Tricolor precisa vencer quarta-feira...
            Há coisas em meu coração que não consigo compreender... Hoje é um sabadão lindo... Mas estou aflita. A falta de um emprego causa em mim uma tristeza. Sinto-me sozinha, porém com quem desabafar?
            Às vezes me sinto tão longe de Deus, como se ele nunca tivesse me escutado. Sei que fiz tudo errado, mas espero um dia consertar meus erros. Principalmente minha vida profissional!
            Sentirei uma imensa dor ter de trabalhar como Operadora de Telemarketing , porém o que conta hoje é o salário para suprir minhas necessidades básicas...
            Hoje o sonho de ser repórter de campo ficou bem longe da realidade. É um sonho mesmo!
            Posso trabalhar de qualquer coisa, mas o amor que eu tenho pelo futebol não permitirá que eu deixe de escrever. Aquele comentário depois de cada rodada vai figurar em minhas agendas até ao final da minha vida, até minha mão enrugar!

            Escrevi este texto há tanto tempo, mas é tão atual ...
            

domingo, 11 de novembro de 2012

Rogério Ceni


         Desde que me dou por gente torço pelo São Paulo Futebol Clube, mas foi em 1994, aos 11 anos, que descobri que amava o Tricolor do Morumbi. Chorei ao ver o São Paulo perder o Tri da Libertadores ao Vélez Sastifield da Argentina. Ou seja, já sou veterana ao se tratar de torcida. Lá se vão 17 anos... De lá pra cá vi tanta coisa. E uma delas foi o fim do ciclo de Zetti no gol são-paulino. De repente entrou em seu lugar Rogério (ainda sem o Ceni).
        E eis que no ano de 1997, o Tricolor passava por um momento de draga total , vi Rogério Ceni marcar seu primeiro gol. Lembro que estava assistindo a partida de casa quando houve a falta contra o time do União S. João, e Rogério atravessou o campo para batê-la. Nem acredito que vi a todos os gol de Rogério Ceni e acredito menos ainda que vi um ídolo nascer.
        Sempre desejei ter nascido na década de 40 e assim contemplar o futebol de Pelé, Garrincha & Cia, pois a minha geração foi carente de ídolos. Em 1994 vi o Brasil ser campeão mundial nos pênaltis, jogando durante toda a Copa um futebol burocrático.
       Quando adolescente, por minhas amigas gostarem dos Gatões da TV a minha visão de ídolo era diferente. Não ligava para os jogadores que atuavam bem em campo, mas para os bonitões, como o Caio e o Jameli, jogadores que compunham o chamado Expressinho Tricolor.
      O tempo passou e os ídolos bonitões se foram, mas meu amor pela entidade São Paulo Futebol Clube ficou. E Rogério Ceni continuou a fazer parte da minha história com o time do Morumbi.
      Falar que eu admiro Rogério Ceni é redundante, afinal de todos os jogos que o Rogério participou eu os acompanhei de alguma forma.
     Penso em como será a festa de despedida do Capitão Tricolor. RC já tem 38 anos e por ser obstinado pelo trabalho, talvez nem pense em aposentadoria. Como eu tenho síndrome de peru de Natal, eu já sofro...
      Quero estar no Morumbi lotado quando for a última vez que Rogério defender a meta Tricolor.
     Pode ter a certeza, meus netos ouvirão histórias sobre o camisa 1. Quando minhas mãos enrugarem e meu corpo já não tiver forças para comemorar as vitórias do São Paulo, lembrarei dos gols marcados por Rogério Ceni e claro de suas defesas, como as realizadas contra o Liverpool no Mundial de Clubes de 2005. Provável que nesta vida não veja um jogador alcançar as marcas de Rogério.
      Meus netos e bisnetos, provavelmente irão ao Museu do São Paulo e diante do busto do eterno camisa 1 falarão: “A vovó sempre falava deste goleiro. Dizia que foi o melhor”. O outro vai dizer: “Tem uma foto dela com ele guardada lá em casa. Ela sempre me dizia que nascemos na época errada”. Um outro mais rebelde dirá: “Já no final da vida vovó Janine, falava muito do jogo contra o Liverpool e dos gols que ela viu Rogério Ceni marcar dentro do Morumbi. Até enchia o saco!” . O pequenino, mais são-paulino de todos, pois puxou a bisa, chora: “Ah! Eu queria ter visto o Rogério Ceni jogar!”
      Lembra que no começo deste texto eu disse que queria ter visto o Pelé jogar? As gerações futuras terão vontade de ver alguém como Rogério Ceni jogar. Um jogador que não será lembrado apenas por suas magníficas defesas, mas por cobrar falta como ninguém. Qual goleiro no mundo alcançará RC? Difícil!
      P.S. Domingo, 27 de março, nem em meus mais loucos pensamentos pude um dia imaginar ver Rogério marcar seu 100º gol da carreira na galinhada, ops, no Corinthians (risos).
     Parabéns RC por tudo! Somente a sua dedicação ao São Paulo já merecia agradecimentos!

Jogando dinheiro fora e as oportunidades também


            Sempre fui muito esforçada na escola. Alguns até diziam que eu era inteligente, mas na verdade, eu tinha de estudar senão eu não entendia nada, nadinha de nada. Pessoas inteligentes não precisam se esforçar, pois são inteligentes por natureza e claro, tem facilidade para compreender matemática, física, química... coisa que nunca soube entender.
            Nasci na pobreza e não tenho a menor vergonha de falar isso. A vida sempre foi difícil para mim, mas lutei e continuo lutando.
            Quando tinha 12 anos tive uma crise brava de alergia. Fiz um monte de exames e acabei por tomar uma injeção a cada cinco dias por um período de um ano. Em uma das consultas, o médico pediu para minha mãe me colocar na natação, assim melhoraria a minha respiração... Até parece. Não havia dinheiro nem para comer bolacha recheada quando eu queria, quanto mais pagar natação.
            Dinheiro atrai dinheiro e a sorte atrai sorte... É a lei da vida. Não há, por exemplo, como uma pessoa que a vida inteira estudou em escola pública concorrer com quem estudou em escola particular. E acredito que não estou em uma situação melhor por causa da falta de oportunidades que tive ao longo da vida. E o pouco que eu  consegui foi através de muito esforço. Sempre gostei de ler, ainda bem... Senão estava ainda mais f... (risos)
            No ano de 2000, fiz Inglês na Ação Social Nossa Senhora de Fátima. O curso voltado para gramática exigia de mim que continuasse o estudo em outra escola de línguas para melhorar minha conversação, mas com que dinheiro?
            Fui fazer cursinho, aliás, a melhor coisa que eu fiz na vida, foi estudar no Cursinho da Poli. Tudo que eu não aprendi na escola, eu tive oportunidade de aprender. E foi lá que eu conheci Literatura... O professor era tão bom que bastaram 15 minutos de aula para que eu me apaixonasse pelo Manuel Bandeira...
            Infelizmente, burrica como um asno, escolhi o curso errado e claro, não passei na Universidade Pública.  Fui lutar na Faculdade privada... Adiei o plano de continuar o curso de Inglês.
            Logo que terminei a Faculdade fiz alguns cursos de especialização. Um deles foi o de Jornalismo Esportivo (precisava ser feliz ao menos um pouquinho, né?). No ano seguinte resolvi fazer um curso de Inglês, mas não gostei. Ao invés de procurar um curso de Inglês bom, inventei de fazer pós...  deixa pra lá!
            No ano passado eu comecei a fazer Inglês na Wizard. Deus sabe o quanto tenho lutado para continuar, não por falta de vontade, mas por falta de money.  Faço o curso de manhã e há adolescentes na minha sala. Um em particular me chama a atenção. Ele não faz absolutamente nada. Não faz os exercícios, não se esforça e atrapalha os que querem estudar. Não trabalha e diz que não teve tempo de preparar as lições. Uma outra adolescente, disse um dia desses: “Não fiz a lição, pois, eu passei mal na quarta. Na quinta eu estava mais doente ainda e na sexta eu estava mais, muito mais doente que os outros dias”. Fala sério... Isso não é justo. Quantas pessoas queriam ter a oportunidade que estes dois estão tendo. Quem dera que meus pais pudesse ter pagado Inglês para mim quando era adolescente... Dá vontade de ligar para os pais destas pessoas e pedir o dinheiro que eles gastam à toa pra mim...
            É uma pena que existam pessoas que tem tudo para dá certo e fazem de tudo para dar errado...
            Ah! Comecei a fazer natação há três semanas... Antes tarde do que nunca! 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Organizando um casamento


               Quem me conhece sabe que sou um tanto quanto ansiosa. Nos últimos dias tenho ficado um pouco mais.
            Na minha adolescência, sofri um pouco por ser feinha e nesta fase os meninos não querem saber se você é inteligente e que tem uma beleza interior, o que eles querem é uma mina bonita, e isso eu nunca fui. Sempre tive vontade de namorar, mas não tive oportunidade.  Um dia apareceu alguém na minha vida e a experiência não foi boa. Como sempre tive a auto-estima baixa, depois deste relacionamento só piorou. Ouvia quase todo dia que era feia e que nunca conseguiria um emprego bom. A história todo mundo sabe o final.
            Eis, que quando eu já havia perdido a esperança em ter alguém para amar e deixar ser amada, apareceu o Everton em minha vida.  Uma pessoa normal. Com qualidades e defeitos, assim como eu. Digo que ele não é meu príncipe, mas sim meu sapo encantado. Príncipes encantados são perfeitos e perfeito só existe um: Deus. Como sou humana e tenho um monte de defeitos, não poderia querer alguém perfeito (risos).
            Graças a Deus, até o momento, estamos dando certo. Às vezes quebramos o pau, mas nos amamos e vamos nos casar em abril do próximo ano (se Deus assim permitir).
            Ainda não acredito que vou casar, pois sou meio pessimista. Tenho medo e tento viver um dia de cada vez.
            É muito bom organizar um casamento. Todos os sonhos, os planos... vão caindo por terra e vão se realizando os sonhos de Deus. Não terei um casamento de pobre, mas também não será uma chiqué, será o que eu posso pagar e o melhor que um dia eu pude imaginar.
            Tirei minhas férias para ver detalhes e começar fazer o enxoval. Foi um máximo encontrar um conjunto de cama de casal do São Paulo Futebol Clube (risos). Meu quarto está parecendo o estoque de uma loja da Galeria Pagé. Tem de tudo (risos). Desde o escorredor de louça até os acessórios para ser distribuídos na festa...
            Queria muito casar na Nossa Senhora da Esperança, mas todo mundo resolveu casar lá. Observei minha história de Católica Apostólica Romana e percebi que não faria sentido casar fora da minha Paróquia, Paróquia esta que me viu crescer e onde moldo minha fé até hoje. Não era o que eu queria, mas tenho certeza que é o que Deus quer. Isto me basta.
            O vestido de noiva é lindo. Foi preciso experimentar apenas dois e decidi. Tinha escolhido um na revista e, o vestido alugado é muito mais bonito. Não tenho dinheiro para fazer o primeiro aluguel, mas em compensação a dona da loja gostou tanto de mim, que colocou a mantilha e a coroa como cortesia. Ela ficou hiper feliz por conhecer uma católica praticante (risos). Foi um sonho andar pela Rua São Caetano como noiva... Fiquei tão feliz!
            Alguns outros detalhes, como lembrancinhas, sapato, buquê... não convém colocar aqui. É surpresa para meus convidados. Para surpreender, eu descobrir, não precisa ter dinheiro, mas sim criatividade.
            Se no dia, acontecer pelos menos 10% do que eu planejei, estarei feliz. Espero daqui seis meses escrever um texto falando de como foi a cerimônia e a festa. Os erros e os acertos... Tudo!
            Preciso controlar a ansiedade e tentar degustar este momento único e claro, adquirir muita força para trabalhar e pagar as dívidas (risos). Casar custa muito caro...