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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Por onde eu (re) começo?




            Não é segredo para ninguém que meu sonho era trilhar os caminhos do jornalismo, mas não sei se por incompetência ou por falta de oportunidade trilhei um outro caminho.
            Deus é  testemunha de que já pensei em mudar de foco, mas não consigo gostar de outra coisa. Mesmo sendo incompetente e escrevendo mal, eu teimo em amar a Comunicação Social. Ouço rádio todos os dias, acessos sites de notícia no celular... Sonho que estou escrevendo meu livro... Às vezes leio um texto e exclamo: “Muito bom!” e nem me preocupo em saber onde estou.: no trem , no ônibus ou na sala de casa.  Adoro ler. E ficou doente quando estou sem tempo para escrever. Mas, não queria ser assim. Queria ter aptidão para os números e tornar a vida mais fácil.
            Já pensei em tantas coisas para mudar a minha vida. Mas tudo envolve as letras. Pensei em voltar a estudar, pois preciso urgente de um novo emprego, mas só consigo pensar em cursos como: Mídias Sócias e Letras (risos)
            Sempre fui muito certinha. Sabe aqueles adolescentes que não dão trabalho? Acordava 05h para ir à escola e nunca me atrasava, Adorava estudar, mas agora... para eu ir para o trabalho. Só Jesus me tira da cama. É uma agonia ter de levantar. E olha que nem trabalho longe de casa, o que me dá o privilégio de acordar um pouco mais tarde, porém meu emprego está me desfigurando e como sou “certinha” tenho sofrido com isso.
            Sempre gostei das coisas certas e pessoas assim não nasceram para trabalhar sobre pressão, pois quando eu não consigo bater a meta me sinto um lixo de profissional. Sei que não sou, pois não nasci para ser bancária, mas meu inconsciente não entende isso. Tenho que fazer o que gosto nas horas vagas. Não é fácil sentir seu corpo inteiro doer depois de um dia de trabalho e ouvir: “O que você fez hoje?”. Na vida do bancário é assim. Se você não vende, você não trabalhou.
            Não sei o que faço para eu sair desta situação. Estou sem armas para lutar. Não tenho aptidões para conseguir um novo emprego. Estou totalmente perdida, sem rumo. Não sei mais o que faço. Toda esta situação me mostrou que o mais difícil do que ter o problema e não saber por onde começar a resolvê-lo.
            Domingo, chegou a Folha e já fui direto no caderno de empregos: “Vaga no caderno de Esportes”. Pensei que fosse minha chance, mas vi que precisava de Inglês fluente e o meu é Intermediário. Mais uma vez me senti mal. Não sei o que fazer.
            Conduzi minha vida toda torta e aos 30 quero consertar e preciso fazer isto  antes de ter um ataque fulminante do coração. Acho que vou vender docinhos. É a única coisa que sei fazer direito.
            Mais, ainda com tanta coisa ruim, vejo as coisas boas. São poucos aqueles que nasceram na periferia e fizeram uma pós-graduação, mesmo eu não utilizando absolutamente nada do que eu aprendi lá e mesmo tendo gastado uma nota e não ter recebido um centavo de aumento no salário, valeu a pena. Poderia ser pior. Já pensou se eu tivesse o sonho de ser Comissária de Bordo? Com que dinheiro pagaria o curso. Ou se eu quisesse ser Veterinária? A mensalidade da Faculdade é maior que o meu salário.
            Cheguei a conclusão que as oportunidades estão próximo dos que já nasceram “com o fiofó” para lua. São raros os médicos e doutores oriundos das periferias. O esforço por vezes não supera as oportunidades da vida. Existem tantas pessoas graduadas, mas que não tiveram oportunidade de aprender uma outra língua e se destacar em meio ao furioso mercado de trabalho e agora estão neste momento atendendo clientes em algum Call Center por aí!
            A vida segue. Espero dias melhores. Quero apenas a alegria de agradecer o emprego que eu tenho!

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